Acaba de ser traduzido e editado em português o livro «Para salvar o planeta, livrem-se do capitalismo» do jornalista Hervé Kempf, responsável pela área do ambiente no jornal diário francês Le Monde. A edição portuguesa do livro ficou a cargo de uma nova editora, a Livre( http://livreedita.blogspot.com/)

Um outro mundo é não só possível como indispensável, e isso está ao nosso alcance. O capitalismo, após um reinado de 200 anos, metamorfoseou-se e entrou numa fase mortífera ao gerar simultaneamente uma grande crise económica e uma crise ecológica ainda de maiores proporções. Para salvar o planeta é preciso sair do capitalismo, reconstruindo uma sociedade em que a economia não é rainha, mas sim um meio onde a cooperação prevaleça face à competição, assim como a satisfação do bem comum tenha mais importância face à procura do lucro.

Este livro explica como o capitalismo de transformou ao longo dos anos de 1980 ao conseguir impôr o seu modelo comportamental individualista, marginalizando as lógicas colectivas. Ora para sair daí torna-se forçoso desmontar o condicionamento psíquico em que aquele modelo assenta.

A oligarquia no poder procura desviar a atenção do público para o desastre iminente fazendo crer que a tecnologia tudo pode fazer, inclusive evitá-lo. Esta ilusão mais não pretende que perpetuar o actual sistema de dominação. Como ilustram as reportagens demonstrativas realizadas pelo autor do livro, que é jornalista especializado em assuntos ambientais no conhecido diário francês Le Monde, o futuro não está na tecnologia, mas antes em novas práticas no relacionamento social entre indivíduos e grupos.

O que fará pender a balança, no futuro próximo, será a força e a rapidez que saibamos imprimir à exigência de solidariedade.

O anterior livro de Hervé Kempf, "Como os ricos destroem o planeta", teve um enorme eco por todo o lado, tendo sido traduzido em várias línguas, mas ainda não para português, o que acabou por acontecer com este seu último livro à data, "Para salvar o planeta, livrem-se do capitalismo", onde se defende que o futuro está em aberto, tudo dependendo da nossa acção consciente.