27 dezembro 2006

James Brown- Sex Machine / Soul Power

Ok

26 dezembro 2006

James Brown - I Feel Good

James Brown - I Feel Good
I FEEL GOODA imagem “http://www.91x.com/concertimages/james%20brown.jpg” contém erros e não pode ser exibida.
James Brown

Whoa-oa-oa! I feel good, I knew that I would, now
I feel good, I knew that I would, now
So good, so good, I got you

Whoa! I feel nice, like sugar and spice
I feel nice, like sugar and spice
So nice, so nice, I got you

{ sax, two licks to bridge }

When I hold you in my arms
I know that I can't do no wrong
and when I hold you in my arms
My love won't do you no harm

and I feel nice, like sugar and spice
I feel nice, like sugar and spice
So nice, so nice, I got you

{ sax, two licks to bridge }

When I hold you in my arms
I know that I can't do no wrong
and when I hold you in my arms
My love can't do me no harm

and I feel nice, like sugar and spice
I feel nice, like sugar and spice
So nice, so nice, well I got you

Whoa! I feel good, I knew that I would, now
I feel good, I knew that I would
So good, so good, 'cause I got you
So good, so good, 'cause I got you
So good, so good, 'cause I got you


Foi-se o homem que com sua música e estilo deu brilho e mais sabor a este mundo.
Descanse em paz ou, se preferir, toque horror onde quer que esteja agora.

I feel good and you too!!!

19 dezembro 2006

TODO SENTIMENTO


Chico Buarque

Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar e urgentemente
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
E brota no corpo uma outra vez
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente, doente
Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente
Depois de te perder
Te encontro com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei
Como encantado ao lado teu.

23 novembro 2006

Ministra Matilde Ribeiro


Entrevista - Ministra Matilde Ribeiro

Um passo pequeno para uma mulher, um passo imenso para toda uma etnia: a ministra chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, tem um orçamento que mal passa de 20 milhões de reais por ano, mas é a primeira vez, em mais de 500 anos da história dos negros no Brasil, que existe um ministério específico para promover a igualdade racial, envolvendo também índios e ciganos, palestinos e judeus. Filha de roceiros, foi empregada doméstica e operária para custear seus estudos e se formou em Serviço Social na PUC de São Paulo. Envolveu-se no movimento feminista, no movimento negro e no PT e, numa ascensão meteórica, se tornou ministra. Ela esclarece que as cotas não são primordialmente para negros e índios, mas para os carentes oriundos das escolas públicas, inclusive brancos, com as cotas sendo distribuídas segundo uma nota de corte e de acordo com a proporção das etnias em cada Estado. Para ela, a conquista principal do movimento pela igualdade racial não são as cotas, nem a sua Secretaria – mas o reconhecimento, pelo Estado e pela sociedade, de que existe racismo no país, estando em desaparecimento o mito da “democracia racial”. E, nesta entrevista, ela é taxativa: é melhor que haja brancos ressentidos por terem nota, mas não terem vaga, do que não haver negros no ensino superior.

leia a entrevista aqui

22 novembro 2006

Mídia e direita: que sejam felizes




Mídia e direita: que sejam felizes

Por Gilson Caroni Filho

Muito se tem escrito sobre a reeleição do presidente Luiz Inácio da Silva e a derrota dos chamados “formadores de opinião". Sem dúvida, o segundo mandato de Lula pôs a nocaute o campo jornalístico brasileiro, seus estatutos de verdade e a crença nos dispositivos que regulam a relação entre os responsáveis pela produção e difusão do noticiário..

Um misto de perplexidade e consternação já havia tomado conta de nove entre 10 colunistas quando, em meados de abril, o instituto Datafolha publicou pesquisa sobre intenção de votos para presidente. Lula, apesar do bombardeio midiático, mantinha estável sua liderança . Em artigo para o Observatório da Imprensa (“Datafolha rasga fantasia iluminista da Imprensa”, edição 376, 10/4/2006) alertamos para o fato de estarmos diante de algo que merecia reflexão mais séria da própria imprensa sobre seu papel na sociedade.

Destacamos que "mais que a inviabilidade eleitoral do ex-governador paulista, o instituto talvez tenha capturado um dado de extrema importância: a deslegitimação do discurso jornalístico e das representações que estão por trás dele. Salientamos também que “da seleção e organização de informações à edição, temos visto, em quase todos os veículos, a orientação editorial condicionar o conteúdo da reportagem. A negligência investigativa transformou-se no foco adequado a um jornalismo marcadamente de campanha. Ora, a crise do atual governo é, em grande parte, uma realidade produzida por recortes de mídia. Não poucas vezes, o dado concreto cedeu lugar à imaterialidade midiática. Indícios viraram manchetes. E, não tenham dúvida, estas reaparecerão na campanha eleitoral. O resultado é a saturação que deslegitima o fazer jornalístico como práxis ética”. Mas o ódio classista não comportava inflexões.

A forma como o discurso noticioso se organizou e se reproduziu é algo que talvez só encontre paralelo nos episódios que levaram Getúlio Vargas ao suicídio, em 1954. Ou ao golpe militar, 10 anos depois. Redações e ilhas de edição se transformaram em trincheiras do udenismo redivivo. Articulistas, colunistas e jornalistas-blogueiros disputavam entre si quem melhor reencarnaria Carlos Lacerda. Ainda não haviam percebido que se lhes sobrava a determinação do colunista e parlamentar golpista, faltavam-lhes a substância e os recursos estilísticos daquele que ficou conhecido como o “Corvo". Mas havia uma aposta, e ganhá-la transformou-se em questão pessoal, depois que o patronato liberou a besta-fera que havia em cada um.

O que não perceberam é que a empreitada estava fadada ao fracasso por um motivo simples. A sociedade patrimonialista, cordata e gelatinosa que o colosso midiático julgava ter em mãos ficara em algum lugar do passado. A democracia ampliada já não comportava alternância intraelites. O componente classista estava pronto para ingressar no jogo político. O apoio a Lula não era expressão de um consenso passivo e os que provaram o gosto da cidadania recém-adquirida não estavam dispostos a chancelar retrocessos. As classes populares queriam algo além de uma participação vicária, isto é, exercida por representantes que não pertenciam a ela. A inserção direta na esfera política estava sendo consolidada por movimentos sociais que, sem perder autonomia, dialogavam com o governo. Os setores mais lúcidos da esquerda não alimentavam ilusões rupturistas. Erros passados não se repetiram. Não houve quem confundisse chegada ao governo com tomada do poder.

Talvez esteja aí o equívoco capital do campo jornalístico. Embevecido com a centralidade que desempenha no processo político, ignorou as mudanças ocorridas na formação social em que atua. A maioria dos articulistas ainda se julgava membros de um "parlamento sem voto". Senhores da informação, tutores da opinião. Quanta ilusão perpassou o facciosismo, o ódio de classe e a índole golpista desses respeitáveis senhores e senhores das mais conceituadas publicações brasileiras.

No auge da crise, em 2005, julgavam que o PT e Lula estavam feridos de morte. Apostavam na obstrução de canais políticos e em crise institucional. Enquanto CPIs disputavam holofotes, os principais analistas vaticinavam que, sobrevivendo ao turbilhão, Lula chegaria a 2006 sem base partidária e, se tentasse a reeleição, o faria apoiado por seu carisma e um populismo que lhe traria votos dos grotões.

Um ano depois, vêem o presidente reeleito, com excelente desempenho eleitoral da sigla. Lula conta com o apoio de 16 governadores (eram três em 2002) e amplo respaldo dos principais movimentos organizados. Se o PT precisa investigar os responsáveis por procedimentos internos que chamuscaram seu capital simbólico, a imprensa deve afinar sua banda antes de querer impor ao governo reeleito a agenda dos derrotados.

Na edição de 28/12/2005, de Veja, Diogo Mainardi escrevia “Passei o ano todo amolando Lula. Dediquei-lhe mais de trinta artigos. Fracassei. Prometo derrubá-lo em 2006". O bolor udenista do inculto colunista de Veja demonstra o quanto a direita empobreceu estilisticamente. Mas o que talvez mais incomode a mídia brasileira esteja no rescaldo da crise. Clóvis Rossi, Eliane Cantanhêde, Josias de Souza, Fernando Barros, Merval Pereira, Dora Kramer e Ricardo Noblat, entre tantos outros, sofreram um sério revés. Ao "maianardizarem" parecem não ter notado que seus leitores cativos ficariam restritos à direita mais reacionária, ressentida e atrasada. Como afirmava Herbert de Souza, o saudoso Betinho, “toda informação é uma proposta ou elemento de formulação de proposta”. Quando aceita, a união é estável e duradoura. Que sejam felizes. Por que não? Jornalistas e leitores militantes também merecem a felicidade. Mesmo que ela surja de um pequeno ruído.

01 novembro 2006

Fernanda Abreu - Rio 40 graus

Fernanda Abreu - Rio 40 Graus

rio 40 graus
cidade maravilha
purgatório da beleza e do caos

capital do sangue quente do Brasil
capital do sangue quente
do melhor e do pior do Brasil

cidade sangue quente
maravilha mutante

o rio é uma cidade de cidades misturadas
o rio é uma cidade de cidades camufladas
com governos misturados, camuflados, paralelos
sorrateiros ocultando comandos

comando de comando submundo oficial
comando de comando submundo bandidaço
comando de comando submundo classe média
comando de comando submundo camelô
comando de comando submáfia manicure
comando de comando submáfia de boate
comando de comando submundo de madame
comando de comando submundo da TV
submendo deputado - submáfia aposentado
submundo de papai - submáfia da mamãe
submundo da vovó - submáfia criancinha
submundo dos filhinhos

na cidade sangue quente
na cidade maravilha mutante

rio 40 graus...

quem é dono desse beco?
quem é dono dessa rua?
de quem é esse edifício?
de quem é esse lugar?

é meu esse lugar
sou carioca, pô
eu quero meu crachá
sou carioca

"canil veterinário é assaltado liberando
cachorrada doentia
atropelando na xinxa das esquinas
de macumba violenta
escopeta de sainha plissada
na xinxa das esquinas de macumba gigantesca
escopeta de shortinho de algodão"

cachorrada doentia do Joá
cachorrada doentia São Cristóvão
cachorrada doentia Bonsucesso
Cachorrada doentia Madureira
Cachorrada doentia da Rocinha
cachorrada doentia do Estácio

na cidade sangue quente
na cidade maravilha mutante

rio 40 graus...

a novidade cultural da garotada
favelada, suburbana, classe média marginal
é informática metralha
sub-azul equipadinha com cartucho musical
de batucada digital

meio batuque inovação de marcação
pra pagodeira curtição de falação
de batucada com cartucho sub-uzi
de batuque digital, metralhadora musical

de marcação invocação
pra gritaria de torcida da galera funk
de marcação invocação
pra gritaria de torcida da galera samba
de marcação invocação
pra gritaria de torcida da galera tiroteio
de gatilho digital
de sub-uzi equipadinha
com cartucho musical
de contrabando militar

da novidade cultural
da garotada da favelada suburbana
de shortinho e de chinelo
sem camisa carregando
sub-uzi e equipadinha
com cartucho musical
de batucada digital

na cidade sangue quente
na cidade maravilha mutante

rio 40 graus
cidade maravilha
purgatório da beleza e do caos
Foguete de Mentos e Coca 2
Rocket Mentos
Coke n Mentos (Não tentem fazer isto em casa)
Coca Light com Mentos

Paulo Caruso

31 outubro 2006

せまいー出してー


せまいー出してー, originally uploaded by mmk_kobayashi.

Oops!


あ。まいっか。, originally uploaded by mmk_kobayashi.

Mr Jones

Gosto muito!!!

26 outubro 2006

PODER AMERICANO X BOEING 1907


I Want You!, originally uploaded by tinou bao.

David Lerer

A queda do Boeing da Gol durou dois minutos e meio. A Aeronáutica
concluiu que a asa esquerda do avião menor, o Legacy, cortou um pedaço da
asa direita do Boeing, e que este caiu na selva em espiral da altura de 37
mil pés. Dois minutos e meio. Imaginem o terror dos 154 inocentes encerrados
no gigantesco ataúde de aço em queda livre. Fico me indagando quantos
segundos sofreram a antevisão da morte certa, antes de perderem os sentidos
com a despressurização e a falta de oxigênio. Horror. Não há palavras para
descrever. Além da dor dos familiares e da impotente compaixão diante do
irremediável, cai-se agora no capitulo das responsabilidades. E aí entra o
"money, money, money" linguagem que os americanos entendem bem e gostam,
quando é a favor deles. Dessa vez é contra, e muito, e eles estão correndo
atrás do prejuízo. O avião. Um Boeing 737-800 igual ao que foi derrubado
custa de 66 a 75 milhões de dólares, dependendo do kit conforto que tiver
dentro. As vidas. Vidas não tem preço, mas de qualquer maneira 154 famílias
terão de ser indenizadas. Haverá uma batalha jurídica de proporções
monumentais. O seguro da ExcelAire, companhia americana de táxi aéreo dona
do Legacy e empregadora dos pilotos envolvidos no acidente, não cobre falha
humana. Os dois pilotos americanos tiveram seus passaportes apreendidos pela
Aeronáutica. Na prática estão detidos para averiguações, o que é
perfeitamente justo. É o mínimo, aliás. E aí estão acontecendo coisas
surpreendentes. Para os jovens que não tiveram tempo de aprender o
que nós mais velhos queríamos dizer com "imperialismo americano", temos aí
uma exposição a vivo e em cores. O triste episódio é uma aula magna sobre
como os arrogantes vizinhos do Norte nos enxergam e como se comportam em
momentos de crise, principalmente quando se trata de defender o sagrado
direito de suas empresas e cidadãos fazerem o que bem entenderem no país dos
outros e saírem ilesos. Radares da Amazônia. O jornalista do New York Times
que estava a bordo do Legacy, e que tem tanta autoridade técnica quanto eu
ou você, desqualificou o sistema de controle aéreo brasileiro em entrevista
fartamente divulgada mundo afora. No dia seguinte outra reportagem levanta
duvidas sobre o bom funcionamento do transponder (receptor-transmissor do
avião que dá o sinal para a torre de controle) do jato fabricado pela
brasileira Embraer. No terceiro dia o advogado dos pilotos afirma que os
pilotos entraram em contato sim, mas a torre não respondeu. O advogado
ex-ministro. Da maneira como eles enxergam o Brasil, um bom advogado tem de
ser um ex-ministro da Justiça, capaz de fazer amigos e influenciar pessoas,
como o dr. José Carlos Dias. O proprietário da ExcelAire, Bob Sherry,
declarou: "Se houver qualquer pessoa por lá (no Brasil) que tenha influencia
política ou qualquer outra forma (grifo meu) de trazer nosso pessoal de
volta, nós agradecemos". Para bom entendedor...
Até mesmo a secretária de Estado Condoleezza Rice está sendo mobilizada para
retirar os dois do Brasil o mais rápido possível, e com isso prejudicar as
investigações. Como disse um indignado oficial da Força Aérea Brasileira,
"se fosse um avião brasileiro atingindo um avião comercial norte-americano,
o piloto já estaria preso na Base Guantanamo, sendo tratado como
terrorista". Meu amigo Abelardo Gomes de Abreu, morador antigo e estimado de
São Sebastião, foi há dois meses representar o Brasil num campeonato de remo
nos Estados Unidos e teve de se despir no aeroporto para ser revistado dos
pés à cabeça. Ou seja, um turista brasileiro nos Estados Unidos é tratado
como suspeito. Ao passo que dois super-suspeitos americanos do maior
desastre aéreo no Brasil devem ser tratados como turistas. "Imperialismo
americano", crianças, é isso. Na dolorosa tragédia de alguns dias atrás o
único que talvez se saia bem é o Legacy produzido na vizinha São José dos
Campos. Vai vender, e como. Afinal, um aviãozinho daqueles derrubar um
Boeing e só danificar a pontinha da asa, é porque é muito bom.
David Lerer é médico e ex-deputado federal Esta mensagem foi enviada por
Luiz De Aquino.

25 outubro 2006

BELEZA RARA

Beleza rara!

Metade cara de uma outra vulgar.

Metade solução da outra problema.

Das duas a única que vale a pena.

Quero agora suas asas cortar!

Pois sou vaidoso,

Não vou te negar.

Por causa da outra beleza vulgar,

Fui contaminado sem ter como curar.

Por isso lhe prendo pra ti admirar

Em uma gaiola em cima de um altar.

Mereço um castigo por não compartilhar

A sua beleza para outros olhar.

Mas não tenho medo de alguém me matar

O que mais me apavora é cego ficar.

Beleza rara... Vou sempre velar.

Eu que lhe prendo quero me libertar.

De seu cândido encanto furtivo ao olhar,

Desses olhares vulgares que não vem da alma.

Estou cego de tanto vê-la

E acabo de me curar.

Nilo dos Anjos

Dá um abraço?
The Beatles - Twist and Shout/ I Wanna Hold Your Hand

20 outubro 2006

Blue Oyster Spiral Fractal Zoom

No matter how deep you go, there's always
This movie took quite a few days to calculate.

In 1993, when i first made a poster of the image i call "blue oyster spiral,
d spots i want to explore that take a present day computer months to calculate.

I'm ambivalent about the fact that no computer will ever be powerful enough to
, it will never be enough. oh well :-)

Music: "Breakaway" by Big Pig. Copy/paste link below to purchase the music from amazon.com.

http://www.amazon.com/gp/product/B000007TX2?ie=UTF8&tag=dinnersobirdcall&linkCode
=as2&camp=1789&creative=9325&creativeASIN=B000007TX2

Fractal: animated in much higher resolution than this with fractal extreme.

Fractal Posters available at the link above.

VOLUNTEERS NEEDED for my next fractal zoom video! I just rendered 100 frames of it in 63 hours
and i'd really like to be able to do more. if you want to help me, download the evaluation copy of ULTRA FRACTAL
animation edition (google it to find it), then run the little fractal server software that comes with it. contact me via email
(address at my site, link above) to let me know your ip# so i can add you to the project. -Dave

19 outubro 2006

Lula, apesar de tudo

Por Lula, apesar de tudo

Por Walter Takemoto

Deixei de ser militante do PT já faz alguns anos. Dessa condição, passei para a de eleitor engajado, aquele que escolhe muito bem os seus candidatos, que na véspera das eleições, com a “temperatura” elevada, pega sua camiseta, uma bandeira e um monte de propaganda e vai pra rua disputar os votos dos indecisos. Mesmo longe da militância estudantil, sindical e política que marcou grande parte da minha vida, ainda hoje me considero, sem nenhuma vergonha, socialista, daqueles que de vez em quando ainda acham que um dia irá ocorrer a revolução socialista, a emancipação do proletariado, mesmo que muitos afirmem que o proletariado já não existe mais.

Pois bem, essas ultrapassadas linhas escrevo para dizer que ainda vou votar e disputar na rua votos para o Lula.

E não se trata de votar por saudade do Lula do final da década de 70, pois aquele Lula mandava os peões do sindicato tomar os nossos jornais e nos expulsar das assembléias do sindicato, apenas e tão somente por sermos militantes de organizações de esquerda.

Da mesma forma, não se trata de saudade do Lula do inicio dos anos 90, que montava a estratégia de longo prazo de assumir a hegemonia excludente do PT, por meio da Articulação.

Menos ainda saudade do Lula do final dos anos 90, que com a Articulação estruturou um partido que em nada mais se assemelhava ao PT que empolgou operários, militantes dos movimentos sociais, das organizações de esquerda, estudantes, profissionais liberais, intelectuais e todos aqueles que alimentavam o sonho de uma sociedade socialista, e que trocaram suas células por núcleos de bairro, vilas, fábricas e escolas, dedicando tempo e energia para construir um partido de massa de verdade. O PT do final dos anos 90 passou a ser o PT dos assessores, dos cargos comissionados, dos dirigentes profissionalizados, e dos especialistas das sombras. Passou a ser o PT que deixou de ter um programa socialista para o Brasil, para ser o PT do projeto estratégico de um determinado grupo, que estruturou a máquina do partido e das administrações conquistadas para a concretização desse projeto.

Mas então, onde é que está a motivação para votar no Lula em 2006?

O motivo que me leva votar de novo, e mais uma vez no Lula, é a esperança!

A esperança de que o Lula, por fim, assuma a Presidência e nesses quatro anos cumpra uma única promessa: a de que a esperança vencerá, de verdade, o medo!

E dessa vez estamos vendo os mais pobres, os excluídos, os que sempre estiveram fora da história oficial do nosso país, votando em um presidente operário, rompendo com a elite, as oligarquias e buscando alguma forma de se inserir no jogo político.

Estamos vendo, também, muitos jovens e adolescentes de hoje, que não viveram a ditadura e muito menos o processo de retomada das lutas democráticas e sociais e de fundação do PT, que se empolgam com o Lula e assumem a sua defesa com as poucas armas que possuem.

Construir as condições efetivas para transformar os excluídos, os adolescentes e jovens que hoje estão votando no Lula em protagonistas e não apenas em eleitores, é de fato derrotar o medo e dar uma chance para que a esperança se transforme em futuro.

A maior derrota para o Lula, portanto para todos que ainda alimentam o sonho de uma sociedade democrática, mais justa e igualitária, não é a derrota eleitoral em 2006 - como não foram as anteriores - mas a derrota política de todos os milhões de brasileiros e brasileiras que se mobilizaram para lhe dar a vitória parcial no primeiro turno. Esses milhões votaram no Lula apesar da campanha monstruosa dos meios de comunicação, do discurso moralista hipócrita de muitos - inclusive de uma candidata – e de petistas que assumiram a máxima do vale tudo para manter o poder e o privilégio, e se transformaram em militantes de quadrilha.

E no rastro da vitória do Lula, o povo nordestino impôs às oligarquias derrotas inesperadas na Bahia – retumbante – e no Maranhão, que pode se concretizar no segundo turno, além das vitórias no Ceará, Sergipe, Piauí e a se confirmar, também no segundo turno, em Pernambuco. E o Lula ainda venceu em Minas, no Rio e Espírito Santo. Não se trata da divisão do país entre ricos e pobres, ou norte e sul. Trata-se do resultado das políticas implementadas pelo Governo Federal. Enquanto que os pobres e excluídos votaram no Lula, legitimando as políticas inclusivas implementadas, a classe média e a elite, beneficiada tanto ou mais, quando pode escolher, sempre irá optar por um igual, jamais por um “estranho”. E o Alckmin é um igual, faz parte da elite que domina o Brasil desde sempre.

Por tudo isso, e muito mais que se pode argumentar, escrever e debater, é que meu voto é Lula, é um voto na esperança de que ele assuma a Presidência e cumpra esse compromisso: transformar o voto e a esperança de milhões em protagonismo político e social - diferente do caudilhismo que alguns até gostariam de ver por aqui – que seja um processo que faça com que o futuro esteja logo ali, mesmo que não seja aquele pelo qual nós lutamos um dia, mas que seja o que faça todos nós afirmarmos a nossa identidade de homens e mulheres livres e felizes, pois fomos capazes de dar um basta as formas mais sutis e perversas de dominação, de todos os tipos, à esquerda e à direita!

Abraços e que dia 30 seja um dia mais feliz, no Maranhão, em Pernambuco, no Pará e em todo o Brasil!

Walter Takemoto e educador.

21 setembro 2006

Trash


無惨なお姿, originally uploaded by mmk_kobayashi.

Nonsense


パンクス専用, originally uploaded by mmk_kobayashi.

Nonsense


機械の体がほしいの, originally uploaded by mmk_kobayashi.

Teoria do caos (Uma borboleta bate asas e tudo pode acontecer

19 setembro 2006

Precatório (E a vergonha continua)

Precatórios

Escândalo do desvio de recursos dos precatórios voltou a repercutir

O escândalo protagonizado pelo governo Germano Rigotto e por sua base de sustentação durante a votação, às pressas, do Fundo Estadual dos Precatórios voltou a repercutir no plenário da Assembléia Legislativa.

Na tarde desta terça-feira (5), o líder da bancada do PT, deputado Flavio koutzii subiu à tribuna para manifestar sua indignação com a manobra e agilidade do governo estadual para criar o Fundo de Precatórios, e desviar os recursos deste para outros fins. O projeto foi aprovado de tarde, sancionado à noite, publicado no Diário Oficial da manhã do dia seguinte. Os saques foram efetuados de tarde e, logo a seguir, os recursos acabaram desviados para a folha de pagamento. “Ficou no ar uma sensação desagradável. Como o governo Rigotto pôde fazer uma coisa destas na cara de todo mundo?”, indaga-se Koutzii.

Conforme o líder petista, as enormes dificuldades enfrentadas pelo Tesouro Estadual não são novidades para ninguém. “O tema foi objeto de duas exaustivas discussões recentes: uma na Subcomissão da Assembléia e, outra, durante o Pacto”. Koutzii também lembra que, ao aumentar substancialmente as despesas de custeio, Rigotto reverteu os resultados positivos da gestão anterior agravando as finanças estaduais. Isto ocorreu apesar do aumento de receita decorrente do tarifaço do ICMS e do corte ilegal dos créditos dos exportadores.

Segundo Koutzii, as dificuldades financeiras do Estado reduziram os pagamentos de precatórios judiciais, resultando no crescimento da dívida com milhares de credores. Pelos cálculos do parlamentar, o montante deste passivo supera R$ 3 bilhões. “Até aí, nada de novo. O dinheiro é pouco e o precatório não é prioridade”, frisou o líder petista. Para ilustrar, ele disse que, em 2005, Rigotto empenhou R$ 264 milhões para precatórios, mas só liquidou e pagou R$ 15 milhões, ou seja, de cada R$ 100,00 prometido, pagou apenas R$ 5,60. Estes números constam no Relatório de 2005 do TCE.

Outro escândalo identificado por Koutzii no projeto do FEP diz respeito ao artigo 5º, que autorizou o aumento do saque dos recursos captados no fundo dos depósitos judiciais de 70% para 85%. De acordo com o líder petista, o governo engordou o Caixa Único em cerca de R$ 200 milhões, diminuindo as reservas do Fundo de 30% para apenas 15%. Além disso, como os recursos estão depositados no Banrisul, o banco deverá honrar as obrigações decorrentes das sentenças. Se os 15% forem insuficientes, a instituição paga e cobra do Tesouro Estadual os encargos financeiros. Repete-se aqui o que já ocorreu no empréstimo para o 13º do funcionalismo. É evidente que este artigo 5º é um corpo estranho, nada tem a ver com a criação do FEP”, avalia Koutzii.

Por fim, ele lembra que a justificativa do projeto previa recursos para o sistema prisional do estado. “Mas o que o sistema prisional do Estado tem a ver com o pagamento de precatórios?”, indaga-se Koutzii, acrescentando que o Executivo Estadual não especificou o destino destes recursos no texto da lei. Para o deputado, com este episódio, o governo Rigotto demonstrou como usar uma boa causa como escudo para enganar o Parlamento e a opinião pública.

Por Stella Máris Valenzuela

15 setembro 2006

Where the Hell is Jesus ?

Putz!!! Nonsense geral!
Where the Hell is Matt?

Veja o que faz quem tem muito dinheiro ou uma boa idéia e é patrocinado

13 setembro 2006

Precatório (Até quando seremos roubados?)


É assim que você se sente quando bate na porta da JUSTIÇA?

Assembléia aprova criação de fundo para pagamento de precatórios

A Assembléia Legislativa aprovou por unanimidade (34 X 0) o projeto de lei do Poder Executivo que cria o Fundo Estadual dos Precatórios (FEP/RS). O objetivo é viabilizar o pagamento de precatórios judiciais sob responsabilidade do Estado, orçados e não pagos, em conformidade com o artigo 100 da Constituição Federal. A aprovação do requerimento de preferência de votação do texto, da líder do governo Maria Helena Sartori (PMDB), fez com que três emendas- duas do PT e uma do PDT - não fossem a votação, o que provocou protestos da bancada petista na tribuna. De acordo com PL 390/2006, votado na sessão plenária dessa terça-feira (29), a administração, a fiscalização e a orientação técnica do FEP/RS serão exercidas por Comitê Executivo, composto de representantes da Secretaria da Fazenda e da Procuradoria Geral do Estado.

Será destinado ao fundo 10% da receita bruta decorrentes da cobrança judicial de créditos inscritos em dívida ativa, negociados a partir da vigência da publicação desta matéria. O FEP/RS será composto ainda por 30% das receitas patrimoniais provenientes de alienações de imóveis, além de recursos orçamentários, quando disponíveis e decorrentes de futura regulamentação em trâmite no Congresso Nacional. O PL 390/2006 autoriza o governo estadual a abrir créditos adicionais no Orçamento no valor de R$ 5 milhões para cumprimento desta legislação.


A receita bruta potencial do fundo, referida no PL, chega a R$ 13,1 bilhões, em valores de dezembro de 2005, além dos novos créditos que serão inscritos e pagos a partir da vigência desta lei. Deste total estimado já estão descontadas as parcelas constitucionais pertencentes aos municípios e ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), bem como aos gastos vinculados à saúde e à educação.

O texto dá maior flexibilidade a utilização dos recursos dos depósitos judiciais. O valor disponibilizado ao Estado passa de 70% para 85% do valor dos depósitos judiciais e a parcela não disponibilizada passa de 30% para 15%. Estes recursos serão retidos na instituição financeira oficial do Estado e constituirão fundo de reserva destinado a garantir a restituição dos depósitos judiciais.

Falta de garantia
Na tribuna, o deputado Ivar Pavan (PT) disse que o projeto vende a idéia de que está sendo criado um fundo para o pagamento de precatório. "Para uma dívida de R$ 3 bilhões, criar um fundo com esta quantia de recursos é vender uma ilusão às pessoas credoras que o governo não está pagando", criticou Pavan. Segundo ele, o grande objetivo do PL 390/2006 é buscar mais 15% dos depósitos judiciais de terceiros para resolver os problemas das gestão do governo. "Estes depósitos significam R$ 215 milhões. No entanto, no projeto não está escrito que o dinheiro será utilizado para o pagamento dos precatórios", alertou. Segundo o petista, este dinheiro seria aplicado no sistema prisional.

Raul Pont (PT) protestou sobre a aprovação do requerimento de preferência que deixou de fora do debate as três emendas propostas por seu partido. "Estas emendas davam a garantia de que estes recursos seriam destinados efetivamente ao pagamento dos precatórios", protestou Pont (PT). O líder da bancada do PT, Flavio Koutzii, lamentou que o projeto não dê garantias de que os credores receberão seus tão esperados pagamentos. "Apesar de votarmos a favor do projeto, digo que este fundo não tem fundo em baixo", destacou Koutzii. Ronaldo Zülke (PT) indagou o real interesse do governo: "Pagar os precatórios ou fazer presídios?"

Cobrança
O relator da Subcomissão de Precatórios Judiciais da Assembléia, deputado Jair Soares (PP), afirmou que a criação de um fundo era uma das 18 propostas apresentadas por aquele órgão técnico. "Vou votar a favor do projeto porque R$ 5 milhões talvez pague 20 precatoristas. Mas eu quero ver se estes R$ 5 milhões vão chegar nas mãos destes credores de maneira rápida", cobrou. Jair lembrou que 60% dos precatórios são de origem alimentar. "Apesar de a subcomissão ter sido criada por sugestão do governador Germano Rigotto, a pedido dos portuários de Rio Grande, a Comissão de Finanças da Casa rejeitou o relatório final de maneira patética", lamentou.

O deputado Estilac Xavier (PT), também integrante da subcomissão, protestou na tribuna sobre o fato de as emendas que davam garantias mínimas aos credores de precatórios receberem o pagamento devido não foram sequer apreciadas. "Uma das emendas era de minha autoria, que destinava 50% dos depósitos judiciais ao pagamento de precatórios alimentares", destacou o petista. Neste sentido, Elvino Bohn Gass (PT) lamentou que o projeto não garante o pagamento aqueles que mais precisam: os precatoristas alimentares.

Fonte: Assembléia Legislativa do RS

04 setembro 2006

Anjos do Sol


Inspirado em diversos artigos publicados na imprensa, o filme fala sobre o mundo da prostituição infantil no Brasil por meio da história de Maria (Fernanda Carvalho), uma menina de 12 anos vendida pelos pais. Ela cruza o Brasil numa longa jornada, forçada a se prostituir para sobreviver, enquanto busca um futuro melhor.
Gênero:
Drama
Tempo:
92 min.
Lançamento:
18 de Ago, 2006
Classificação:
14 anos
Distribuidora:
Downtown Filmes

Anjos do Sol
Angélica Bito
Além de proporcionar entretenimento, o cinema também tem um papel social. Mas, ao abraçar uma causa, é muito fácil seguir um caminho panfletário de uma maneira chata. Anjos do Sol, estréia do cineasta gaúcho Rudi Lagemann na direção de um longa-metragem, passa longe desses dois adjetivos citados, mesmo estando entro do gênero “drama social”. De uma forma tocante, o drama da menina de 11 anos explorada sexualmente é capaz de envolver o espectador de forma a provocar não somente repulsa por toda a situação, mas também a compaixão, levando o espectador a pensar sobre esse cenário nefasto dentro da sociedade brasileira. Afinal, é sempre bom lembrar que, apesar de Anjos do Sol ser uma história de ficção, é baseado em acontecimentos reais, devidamente relatados na imprensa ou por ONGs (Organizações Não-Governamentais), principais fontes de pesquisa para este roteiro.Anjos do Sol acompanha a trajetória de Maria (a estreante Fernanda Carvalho). Como milhões de garotas brasileiras, ela nasce numa família pobre que vive no interior da Bahia. “Alvo” fácil para Tadeu (Chico Diaz), que trabalha “selecionando” garotas com pouco mais de 10 anos para trabalhar longe de suas famílias. Por algumas dezenas de reais – verdadeiras fortunas para famílias como as de Maria -, elas são afastadas do lar para trabalhar na indústria da prostituição. A nossa protagonista é uma delas. Ao lado de outras garotas com história semelhante à sua – como a durona Inês (Bianca Comparato, surpreendente) –, ela vai parar na minúscula cidade de Diamantina, no Amazonas, onde é recebida por Saraiva (Antonio Calloni, possivelmente na melhor performance de sua carreira). Dono de uma “casa de tolerância” com “profissionais” tão jovens quanto Maria, ele comanda suas vidas e as ameaça constantemente, submetendo-as a até 30 programas em uma noite. Lá, a protagonista amadurece na marra, de uma forma sofrida.Anjos do Sol é, sem dúvidas, um filme triste e pesado. Mas o que mais entristece o espectador não é a história de Maria, em si, mas sim pensar que não se trata de absurdos. A prostituição infantil existe e está mais perto do que imaginamos. São muitas as Marias no Brasil e não estamos nem perto de transformá-las em meninas que crescem com oportunidades na vida. Anjos do Sol é um retrato fiel dessa sociedade cruel na qual vivemos. Sem apontar culpados, ou mesmo descrever essa tragédia de uma forma maniqueísta, a produção faz pensar.Além do roteiro, extremamente realista, é necessário apontar a direção precisa de Rudi Lagemann. Apesar de assinar a direção de um longa-metragem pela primeira vez, o gaúcho mostra que não é inexperiente, muito menos está em sua função. A escolha do elenco não poderia ser mais acertada: desde os atores mais veteranos até os menos experientes, todos fazem um trabalho que passa longe do caricatural ou do drama exagerado que o tema pode pedir.Sensível, contundente e real, Anjos do Sol mostra não somente a miséria social, mas, principalmente, a humana, tornando-se uma das melhores produções brasileiras deste ano.

23 agosto 2006

Opinião Pública - Portugal -

Que descarado!! Huauauau
Desmaio no Jornal - Bósnia-Herzegovina

Putz!!
Jornalista Português Se Irrita Com Notícia

Curalho!!!
Joga Bonito

Alguém aí não gosta de samba?
Lilian Wite Fibe Alemã (auf Deutschland)

Oooops!!!
Programa do Jô | Lilian Wite Fibe Relembra Jornal Terra

Já tem algum tempo, mas se trata de umas das pérolas televisivas dos últimos tempos!

17 agosto 2006

16 agosto 2006

Tapa na pantera

uma plantinha com umas petalas brancas em volta ...

eeeeeeeeeeeeeeeee

margarida me tras um cha


SUHHUahsuuhASUHahushuASHUahushuASUHahus

pqp a veia e fodaaa !!
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ajota77 (11 hours ago)
Poderia ser a sua vó.
Melhor que zorra total e praça nossa juntos! Essa véia podia comandar um programa humorístico em cadeia nacional de horário nobre.
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oscarmjr (11 hours ago)
TUDO ARMAÇÃO!
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jebaum (11 hours ago)
Ela fuma no cachimbo porque o que faz mal é o "papelzinho" ...

Huehuehuehueuhe SINISTRA!
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Roxrevolutions (11 hours ago)
FUMO A 30 ANOS E NAUM TO VICIADA !

HAuahuAHUhauHAUhuaHUAuhaHU

Como eh o nome da florzinha amarelinha ??? AHHH MARGARIDAAAAA

TRAZ O CHÁÁÁÁ FUMA AKI TOMA U CHÁ FUMA AKI TOMA O CHÁ !

Fodaa huaHUAhuaHUAHu

11 agosto 2006

VARIG SINÔNIMO DE VENGONHA E FALTA DE RESPEITO

Quando assistia as notícias na TV , ficava imaginando que não gostaria de passar por uma situação como essa nunca!! Pois bem, achava que estava livre dessa vez pois não havia programado nenhuma viagem, apenas lamentava pelas pessoas que se encotravam naquela situção. Mas não é que uma tia minha de repente liga dizendo que estava de vôo marcado para chegar em Recife vindo de Portugal e que iria embarcar no mesmo dia para o Rio. Quem disse?! Foi aí que começou a nossa via crucis.... em meio a vai e vem, explica aqui, pede ali, andando pra lá e pra cá no saguâo do aeroporto de Recife, implorando a um e a outro algo que parecia impossível, ou seja, conseguir embarcar em um vôo para o Rio de janeiro, tendo já pago com antecedência e muito caro pela passagem, mas parecia que estávamos pedindo favor. Uma senhora idosa, com problemas cardíacos, implorava junto comigo e minha família por um pouco de respeito e dignidade...em vão!!! É lamentável que tenhamos que passar por estas situções para perceber o quanto somos pouco importantes em um mundo dominado pelo dinheiro.

PS: Uma dica para os compradores da VARIG. Mudem de nome se quiserem continuar no mercado e não falem pra ninguém!!!!!!

Camuflagem


Camuflagem, originally uploaded by ajmatos.

Amor gramatical

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com aspecto plural, alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda jovem, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por literatura e filmes ortográficos.

O substantivo gostou da situação. Era o prefácio que ele esperava: os dois a sós, sem ninguém ver nem ouvir. Não perdeu a oportunidade, começou a se insinuar, com perguntas e paráfrases. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice.
De repente, o elevador pára. Ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a se movimentar: só que em vez de descer, subiu e parou justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal para convencê-la a entrar em seu aposto.Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em hiato, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um cedilha com gelo para ela. Ficaram conversando, confortavelmente instalados num acento, quando ele voltou à tônica, usando seu experiente adjunto adverbial. Vendo o objeto direto do seu desejo totalmente entregue à voz passiva, rapidamente lançou-se ao imperativo. Abraçaram-se numa pontuação tão minúscula que nem um período simples passaria entre os dois.Mas, apesar dos tremas e vocativos, ela resistia. Quando tentou soletrá-la, ela saiu de si: desferiu-lhe um travessão que o fez cair do acento. Oxítona como um pimentão, ela estendeu-lhe as aspas para ajudá-lo a levantar-se, e então confessou que ainda era vírgula. Depois de um silêncio infinitivo, ela ergueu-se numa ênclise e dirigiu-se intransitiva para a porta.Foi quando soou o tritongo. Num hífen, ele pulou para frente da porta, impedindo-a de abrir, com os olhos assustados de um sujeito indefinido. Tocaram de novo o tritongo, enquanto ela o olhava interrogativa, aguardando um complemento verbal qualquer que justificasse aquele adendo. Gramaticalmente, ele gesticulou para que ela se escondesse dentro do vocabulário, dizendo que depois lhe explicaria tudo.Isso é o cúmulo do gerúndio!, exclamou ela, abrindo enfim a porta.Surgiu então uma proparoxítona hiperbólica, cheia de bijuterias e asteriscos, exalando uma locução forte e barata.O que é esta trissílaba está fazendo em nosso aposto?, disparou.Metendo-se no meio das duas, o substantivo assumiu um ar circunflexo e disse que ia botar os pingos nos is, começando uma longa oração adjetiva explicativa: não havia ali nenhuma relação de gêneros envolvida; o artigo feminino era apenas uma vizinha que viera lhe pedir um colchete emprestado; conversavam a respeito do verbo auxiliar do prédio, cuja mãe estava com um adjunto adnominal incurável; estavam pensando em recolher proposições que... mas o próprio artigo feminino o interrompeu, soltando o verbo:- Eu é que não tomarei particípio neste bando de metonímias!, gritou superlativa, e aplicou-lhe um tritongo nasal que o fez cair de joelhos. Em seguida saiu, batendo a porta.O substantivo, então, voltou-se para sua proparoxítona:
- Não me venha com redundâncias! Quer saber a verdade? Sempre achei você um substantivo abstrato. Um mero ponto-e-vírgula, um diminutivo. Você não vale um til! Está vendo esta aliança? Pode mandar prolixo! E ponto final."Bem que me avisaram que toda proparoxítona é a acentuada...", pensou o substantivo. Sozinho em seu aposto, pôs-se a fazer um sumário sobre o ocorrido. No fim das crases, o pretérito havia sido mais-que-perfeito: conseguira livrar-se da proparoxítona, com quem a ligação já estava ficando um tanto defectiva. "Só espero que aquele artigozinho feminino não faça uma metáfora de mim para todo o edifício". Ele não queria que a verborragia chegasse aos ouvidos da vogal do 507, com quem sonhava viver uma conjunção coordenativa conclusiva. Era preciso reconhecer: ela tinha um conectivo de fechar o parágrafo!


Autor anônimo

03 agosto 2006

Buffie The Body


Buffie The Body, originally uploaded by The TRSQ.

Saiba


Adriana Calcanhotto - Saiba
by Arnaldo Antunes



Saiba - Adriana Calcanhoto
Arnado Antunes

Saiba: todo mundo foi neném
Einstein, Freud e Platão também
Hitler, Bush e Saddam Hussein
Quem tem grana e quem não tem

Saiba: todo mundo teve infância
Maomé já foi criança
Arquimedes, Buda, Galileu
e também você e eu

Saiba: todo mundo teve medo
Mesmo que seja segredo
Nietzsche e Simone de Beauvoir
Fernandinho Beira-Mar

Saiba: todo mundo vai morrer
Presidente, general ou rei
Anglo-saxão ou muçulmano
Todo e qualquer ser humano

Saiba: todo mundo teve pai
Quem já foi e quem ainda vai
Lao-Tsé, Moisés, Ramsés, Pelé
Gandhi, Mike Tyson, Salomé

Saiba: todo mundo teve mãe
Índios, africanos e alemães
Nero, Che Guevara, Pinochet
e também eu e você

31 julho 2006

Brasil mostra a tua cara!!!



Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o

Brasil. E realmente parece que é um vício falar mal do

Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e

negativos, mas no exterior eles maximizam os

positivos, enquanto no Brasil se maximizam os

negativos.


Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram

horrores porque não há nada automatizado. Só existe

uma companhia telefônica e (pasmem!) se você ligar

reclamando do serviço, corre o risco de ter seu

telefone temporariamente desconectado.


Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito

de enrolar o sanduíche em um guardanapo ou de lavar as

mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues

europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma

mão suja entregam o pão ou a carne.


Em Londres, existe um lugar

famosíssimo que vende

batatas fritas enroladas em folhas de jornal e tem

fila na porta.


Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de

não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe.

umam até em elevador.


Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau

humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no

Brasil podia ir pra lá dar aulas de "Como conquistar

o Cliente".


Você sabe como as grandes potências fazem para

destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se

você parar para observar, em todo filme os EUA a Bandeira

Nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos

emotivos. Temos uma língua que, apesar de não se parecer

quase nada com a língua portuguesa, é chamada de

língua portuguesa, enquanto que as empresas de software

a chamam de português brasileiro, porque não conseguem

se comunicar com os seus

usuários brasileiros através

da língua Portuguesa. Somos vítimas de vários crimes

contra nossa pátria, crenças, cultura,língua etc...

Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos

muitas razões para resgatar nossas raízes culturais.


Os dados são da Antropos Consulting:


1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no

combate à AIDS e de outras doenças sexualmente

transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.

2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está

participando do Projeto Genoma.

3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos

países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a

mais solidária.

4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal

Regional Eleitoral (TRE)estava informatizado em todas

as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24

horas depois do início das apurações.O modelo chamou a

atenção de uma

das maiores potências mundiais: os

Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser

refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando

em xeque a credibilidade do processo.

5. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os Internautas

brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na

América Latina.

6. No Brasil, temos 14 fábricas de veículos instaladas

e outras 4 se instalando, enquanto alguns países

vizinhos não possuem nenhuma.

7. Das crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos, 97,3%

estão estudando.

8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o

segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a

ada mês.

9. Na telefonia fixa, nosso país ocupa a quinta

posição em número de linhas instaladas.

10. Das empresas brasileiras, 6.89% Possuem certificado

de qualidade ISSO 9000, maior número entre os países

em desenvolvimento. No

México, são apenas 300 empresas e

265 na Argentina.

11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e

helicópteros executivos.


Por que temos esse vício de só falar mal do nosso Brasil?


1. Por que não nos orgulhamos em dizer que nosso

mercado editorial de livros é maior do que o da Itália,

com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?

2. Que temos o mais moderno sistema bancário

do planeta?

3. Que nossas agências de publicidade ganham os

melhores e maiores prêmios mundiais?

4. Por que não falamos que somos o país mais

empreendedor do mundo e que mais de 70% dos

brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte

de seu tempo em trabalhos voluntários?

5. Por que não dizemos que somos hoje a terceira

maior democracia do mundo?

6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está

punindo seus próprios membros, o que raramente

ocorre

em outros países ditos civilizados?

7. Por que não nos lembramos que o povo brasileiro é

um povo hospitaleiro que se esforça para falar a

língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para

atendê-los bem?

8. Por que não nos orgulhamos de ser um povo que faz

piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos

de cabeça erguida.


É! O Brasil é um país abençoado de fato.

Bendito este povo, que possui o dom de unir

odas as raças, de todos os povos.


Bendito este povo, que sabe entender todos os

sotaques.


Bendito este povo, que oferece todos os tipos de

climas para contentar toda gente.


Bendita seja, querida pátria chamada Brasil!


Divulgue esta mensagem para o máximo de pessoas

que você puder. Talvez não consigamos mudar a atitude

de cada brasileiro que ler estas palavras, mas,

pelo

menos, por alguns momentos, ele irá refletir e se

orgulhar de ser BRASILEIRO!

27 julho 2006

Cotas nas Universidades

Teses e truques

Míriam Leitão


Em vez de discutir cota, é melhor investir na educação. Não se deve adotar um sistema que separa por raça, pois isso criará racismo. Não se pode ferir o princípio constitucional de que todos são iguais perante a lei. Nunca pode ser revogado o princípio do mérito acadêmico. Os argumentos se repetem e parecem ótimos. Escondem a mesma resistência ao tema racial que temos mantido desde a abolição e as conclusões estão truncadas. Nunca, os que defendem cotas raciais na universidade propuseram a escolha entre cotas e qualidade da educação. Não há essa dicotomia. É uma falsidade para truncar o debate. É fundamental melhorar a educação em todos os níveis. As cotas raciais não revogam essa idéia. O princípio da igualdade perante a lei é a pedra que sustenta as sociedades democráticas e modernas. As ações afirmativas não vão revogá-lo. A igualdade perante a lei sempre conviveu com o tratamento diferente aos desiguais. Na área tributária, a regressividade, por exemplo: a alíquota para os

mais ricos é maior. As transferências de renda são para quem tem renda abaixo das linhas de pobreza e miséria. Mulheres estão sub-representadas na política e, para tentar vencer isso, há a cota de 30% nas candidaturas. No comércio internacional, existe o princípio do tratamento diferenciado para os países mais pobres. Há muito tempo, o Direito convive com os dois princípios, como complemento um do outro. Um garante o outro. Tratar da mesma forma os desiguais acentua a desigualdade. O princípio da igualdade perante a lei é apresentado na discussão como um truque. Não há conflito entre ele e o outro

princípio civilizatório do tratamento diferenciado aos desiguais. Quem quer defender o princípio da igualdade perante a lei deveria fazer um manifesto contra, por exemplo, a aberração de prisão especial para criminosos com curso superior. O mérito acadêmico tem que ser preservado na formação universitária. Ele não está sob ameaça com medidas para aumentar o ingresso de negros na universidade. As avaliações de desempenho de diversas universidades mostram que não há esse risco. Os adversários das cotas rejeitam as avaliações dizendo que ainda não foi feito um estudo consistente. O mesmo argumento invalida seus próprios argumentos de que a qualidade da universidade estará em risco com as cotas. A universidade americana, que nunca abriu mão do mérito acadêmico, dá pontuação diferenciada por razões raciais, sociais e até aos esportistas no ingresso nas escolas. Não podem ser adotadas políticas que incentivem o racismo. Quem discordaria disso? Esse argumento usado contra as cotas é um dos mais perversos truques. As políticas de ação afirmativa não vão criar o racismo. Não se

cria o que já existe. O Brasil tem um fosso enorme, resistente, entre brancos e negros e é esse fosso que se pretende vencer. Sem o incentivo à mobilidade, o Brasil carregará para sempre as marcas da escravidão. Ela tem se eternizado por falta de debate e de políticas dedicadas a superar o problema. Empresas internacionais adotam há tempos metas para aumentar a diversidade de seus funcionários, executivos e gerentes. É um objetivo desejável no mundo multiétnico e que se quer menos racista e menos injusto. Órgãos públicos americanos usam nas suas contratações mecanismos para aumentar a representatividade das várias partes da sociedade. Governos diversos usam incentivos para determinadas políticas como parte dos seus critérios de seleção de fornecedores nas compras governamentais. Nada há de errado e novo nessas políticas. O que há é que, pela primeira vez, fala-se em usar esses mecanismos para promover a ascensão dos negros no Brasil. O país tem um horror atávico a discutir o tema. Já se escondeu atrás de inúmeros sofismas. Acreditava estar numa bolha não racial, um país diferente, justo por natureza. Não existe raça. É fato. Biológica e geneticamente não existe, como ficou provado em estudos recentes. Isso é mais um argumento a favor das políticas anti-racistas e não o contrário. Os avanços acadêmicos na área só servem para mostrar que os negros são mais pobres, têm piores empregos, ganham menos, não por qualquer incapacidade congênita, mas por falha da sociedade em construir oportunidades iguais. Isso se corrige com políticas públicas, iniciativas privadas, para desmontar as barreiras artificiais ao acesso dos negros à elite. O debate é livre e benéfico. O problema não é o debate, mas alguns dos argumentos. E pior: os truques. Acusar de promover o racismo o primeiro esforço anti-racista após 118 anos do fim da escravidão é uma distorção inaceitável.


Quem gosta do Brasil assim deve ter a coragem de dizer isso. Quem não acha estranho, nem desconfortável, entrar nos restaurantes e só ver brancos, ver na direção das empresas apenas brancos, conviver com uma elite tão monocromática, tudo bem. Deve simplesmente dizer que prefere conservar o Brasil como ele é, com os brancos e negros mantidos assim: nesta imensa distância social.


Jornal: O GLOBO Autor:

Editoria: Economia Tamanho: 814 palavras

Edição: 1 Página: 20

Coluna: Panorama Econômico Seção:

Caderno: Primeiro Caderno




Agência O Globo


21 julho 2006

Santa Teresa olhando a Lapa

Santa Teresa olhando a Lapa

Foto de parte do Centro do Rio onde fica a Lapa.
Quase no centro da foto está Fundição Progresso e mais abaixo encoberto o famoso Circo Voador.
À espera dos seus fieis freqüentadores estão a esquerda a Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro e no centro os Arcos da Lapa - pecado e salvação lado-a-lado.

Na parte superior da foto estão em destaque os três prédios mais poderosos do Brasil: O mais alto é a sede administrativa do Banco do Brasil - agência 001. O prédio todo negro é o BNDES. E no centro deles está o prédio da Petrobrás com seus jardins suspensos. Ligeiramente encoberto pelo prédio da Petrobrás está a agência Central da Caixa Econômica Federal e seu malfadado SFH.
Para os pecadores a Lapa não fecha e não tem dia. É a velha boêmia carioca de ontem que nem o tempo apagou.

♪ ♫ ♪ ♫ ♪ ♫ ♪ ♫ ♪ ♫ ♪ ♫ ♪ ♫ ♪ ♫ ♪

[ ♪ ] Música do Dia - Chico Buarque - Homenagem ao Malandro

Uploaded by ! Claudio Lara ♫ on 10 Aug '05, 5.12pm PDT.

20 julho 2006

Pra quem acredita que os "chefes do tráfico" são todos ignorantes, leiam isso..

Jornal: O GLOBO
>Editoria: Segundo Caderno
>Edição: 1, Página: 8
>Coluna: Arnaldo Jabor
>
> Entrevistado: Marcos Willians Herbas Camacho – Marcola
>

Estamos todos no inferno. Não há solução, pois não conhecemos nem o problema.

- "Você é do PCC?"
- Mais que isso, eu sou um sinal de novos tempos. Eu era pobre e invisível...
Vocês nunca me olharam durante décadas... E antigamente era mole resolver o
problema da miséria.. O diagnóstico era óbvio: migração rural, desnível de
renda, poucas favelas, ralas periferias...
A solução é que nunca vinha... Que fizeram? Nada. O governo federal alguma vez
alocou uma verba para nós?
Nós só aparecíamos nos desabamentos no morro ou nas músicas românticas sobre a
"beleza dos morros ao amanhecer", essas coisas...
Agora, estamos ricos com a multinacional do pó. E vocês estão morrendo de
medo... Nós somos o início tardio de vossa consciência social...
Viu? Sou culto... Leio Dante na prisão...

- "Mas... A solução seria..."
- Solução? Não há mais solução, cara... A própria idéia de "solução" já é um
erro. Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio? Já andou de helicóptero por
cima da periferia de São Paulo?
Solução como? Só viria com muitos bilhões de dólares gastos organizadamente, com
um governante de alto nível, uma imensa vontade política, crescimento econômico,
revolução na educação, urbanização geral; tudo teria de ser sob a batuta quase
que de uma "tirania esclarecida", que pulasse por cima da paralisia burocrática
secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice (Ou você acha que os 287
sanguessugas vão agir? Se bobear, vão roubar até o PCC...) e do Judiciário, que
impede punições. Teria de haver uma reforma radical do processo penal do país,
teria de haver comunicação e inteligência entre polícias municipais, estaduais
e federais (nós fazemos até conference calls entre presídios...). E tudo isso
custaria bilhões de dólares e implicaria numa mudança psicossocial profunda na
estrutura política do país. Ou seja: é impossível. Não há solução.

"- Você não têm medo de morrer?"
- Vocês é que têm medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem
entrar e me matar... Mas eu posso mandar matar vocês lá fora.... Nós somos
homens-bomba. Na favela tem cem mil homens-bomba... Estamos no centro do
Insolúvel, mesmo... Vocês no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte,
a única fronteira. Já somos uma outra espécie, já somos outros bichos,
diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama cristão numa cama, no ataque
do coração... A morte para nós é o presunto diário, desovado numa vala...

Vocês intelectuais não falavam em luta de classes, em "seja marginal, seja
herói?" Pois é: chegamos, somos nós! Ha, ha...
Vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né?
Eu sou inteligente. Eu leio, li 3.000 livros e leio Dante... Mas meus soldados
todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto desse país.

Não há mais proletários, ou infeliz ou explorados. Há uma terceira coisa
crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto analfabetismo, se
diplomando nas cadeias, como um monstro Alien escondido nas brechas da cidade.
Já surgiu uma nova linguagem.
Vocês não ouvem as gravações feitas "com
autorização da Justiça?" Pois é. É outra língua. Estamos diante de uma espécie
de pós-miséria. Isso. A pós-miséria gera uma nova cultura assassina, ajudada
pela tecnologia, satélites, celulares, internet, armas modernas. É a merda com
chips, com megabytes. Meus comandados são uma mutação da espécie social, são
fungos de um grande erro sujo.


- "O que mudou nas periferias?"

- Grana. A gente hoje tem. Você acha que quem tem US$40 milhões como o Beira-Mar
não manda? Com 40 milhões a prisão é um hotel, um escritório...
Qual a polícia que vai queimar essa mina de ouro, tá ligado? Nós somos uma
empresa moderna, rica. Se funcionário vacila, é despedido e jogado no
"microondas"... Ha, ha... Vocês são o Estado, quebrado, dominado por
incompetentes. Nós temos métodos ágeis de gestão.
Vocês são lentos e burocráticos. Nós lutamos em terreno próprio. Vocês, em terra
estranha. Nós não tememos a morte. Vocês morrem de medo. Nós somos bem armados.
Vocês vão de três-oitão. Nós estamos no ataque. Vocês, na defesa. Vocês têm
mania de humanismo. Nós somos cruéis, sem piedade.
Vocês nos transformam em superstars do crime. Nós fazemos vocês de palhaços. Nós
somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor. Vocês são
odiados. Vocês são regionais, provincianos. Nossas armas e produto vêm de fora,
somos globais. Nós não esquecemos de vocês, são nossos fregueses. Vocês nos
esquecem assim que passa o surto de violência.

- "Mas o que devemos fazer?"
- Vou dar um toque, mesmo contra mim. Peguem os barões do pó! Tem deputado,
senador, tem generais, tem até ex-presidentes do Paraguai nas paradas de
cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso? O Exército?
Com que grana? Não tem dinheiro nem para o rancho dos recrutas... O país está
quebrado, sustentando um Estado morto a juros de 20% ao ano,e o Lula ainda
aumenta os gastos públicos, empregando 40 mil picaretas. O Exército vai lutar
contra o PCC e o CV? Estou lendo o Klausewitz, "Sobre a guerra". Não há
perspectiva de êxito... Nós somos formigas devoradoras, escondidas nas
brechas... A gente já tem até foguete antitanques... Se bobear, vão rolar uns
Stingers aí...
Pra acabar com a gente, só jogando bomba atômica nas favelas... Aliás, a gente
acaba arranjando também "umazinha", daquelas bombas sujas mesmo. Já pensou?
Ipanema radioativa?

- "Mas... Não haveria solução?"

- Vocês só podem chegar a algum sucesso se desistirem de defender a
"normalidade". Não há mais normalidade alguma. Vocês precisam fazer uma
autocrítica da própria incompetência. Mas vou ser franco... Na boa... Na
moral.. Estamos todos no centro do Insolúvel. Só que nós vivemos dele e
vocês... Não têm saída. Só a merda.
E nós já trabalhamos dentro dela. Olha aqui, mano, não há solução. Sabem por
quê? Porque vocês não entendem nem a extensão do problema. Como escreveu o
divino Dante: "Lasciate ogna speranza voi che entrate!"
Percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno

18 julho 2006

Tudo pelo sexual


no mínimo volta à primeira página Especial


Ricardo Calil

Com apenas uma semana de exibição, "Páginas da vida" produziu um cardápio sexual inédito para uma novela brasileira. No primeiro capítulo, Manoel Carlos ofereceu um aperitivo do que estava por vir, com uma generosa dose de sexo verbal. Várias personagens mostraram-se frustradas com o desempenho de seus parceiros, a começar pela protagonista Helena (Regina Duarte). “Eu sinto o mesmo tesão de sempre. Mas o sexo agora é meio formal. Ele bate ponto, vira pro lado e dorme. Antes, a gente transava pra valer. Agora viramos funcionários públicos do sexo”, reclamou Helena.

Dois dias depois, o cardápio foi incrementado com cenas de strip-tease, voyeurismo e uma insinuação de sexo a três. Em sua noite de núpcias, Olivia (Ana Paula Arósio) e Silvio (Edson Celulari) chamaram Isabel (Vivianne Pasmanter) para fotografá-los com roupas de baixo e excitarem-se com a fantasia de um ménage à trois. Quando a fotógrafa foi embora, Olivia fez um strip-tease para Silvio, deixando Arósio totalmente nua em cena, com os seios e parte da bunda à mostra – em uma seqüência que ficou, em conteúdo e estética, muito próxima aos programas soft core exibidos de madrugada pelo Multishow. Na cena seguinte, dois adolescentes observaram Sandra (Danielle Winits) trocar de roupa por uma fresta na porta. Ela ficou apenas com uma calcinha, de costas, mas foi possível ver seus seios, de relance.

No sábado, a verve sexual da novela chegou ao paroxismo com o depoimento real de uma mulher anônima de 68 anos sobre sua descoberta do orgasmo pela masturbação. "Com 45 anos, ganhei um LP do Roberto Carlos, botei na vitrola a música 'Côncavo e Convexo' e fui dormir. E, quando acordei, estava com a perna suspensa, a calcinha na mão e toda babada. Comentei com as amigas, elas disseram: 'Você gozou!'. Aí que vim saber o que era gozo. Moral da história: sou uma mulher de 68 anos, que homem pra mim não faz falta, eu mesma dou meu jeito."

Se o sexo na novela tivesse se resumido a um episódio isolado, Manoel Carlos poderia argumentar que era uma exigência dramática de uma determinada cena. Mas, com o acúmulo de ocorrências, fica claro o caráter apelativo e programático da iniciativa. A lógica por trás de "Páginas da vida" ficou muito parecida com a do comércio do sexo: oferece um programa sexual em troca de um pagamento. No caso da novela, as moedas são a polêmica e a audiência.

Mas há um componente perverso em "Páginas da vida": no mesmo programa, misturam-se o sexual e o social, o erótico e o educativo, sem que os limites entre um e outro fiquem claros. Em sua primeira semana, a novela não apenas bateu recordes de cenas de sexo, como também de merchandising social. Para cada apelação, houve uma boa causa – seja a defesa do parto natural ou o ataque ao preconceito contra portadores de síndrome de Down.

Até agora, "Páginas da vida" alternou-se, de maneira bipolar, entre a sacanagem e a correção política, como se a Globo acreditasse que a segunda anula a primeira. O mais provável é que elas se confundam na cabeça do espectador. Afinal, o depoimento sobre masturbação de uma senhora de 68 anos é um avanço no tratamento do sexo por uma novela ou uma busca desesperada pela audiência?

Uma coisa é certa: a cena foi inapropriada e constrangedora, passou dos limites do bom senso e do bom gosto. Não porque mostrou a sexualidade de uma mulher de terceira idade. Mas porque sua descrição da masturbação foi chula, grosseira. O depoimento pode ter o efeito inverso ao desejado: em vez de provocar polêmica e aumentar a audiência, dar munição aos conservadores e despertar a rejeição dos espectadores à novela. A Globo está superestimando a vontade do público de ver sexo na TV. Quem quer ouvir – ao lado da mulher, da sogra e dos filhos - que alguém ficou "toda babada" ouvindo "Côncavo e Convexo"?