30 junho 2006

ESCADAS


ESCADAS, originally uploaded by r a f a e l r e n t e.

ESCADAS

O que seria de nós sem elas.

Tudo bem que o elevador é um equipamento do qual o invento foi um marco não só para a indústria da construção civíl, mas também para o mundo dos negócios. Imaginem só o que seriam dos grandes predios empresariais sem essa engenhoca que passa o dia todo subindo e descendo carregando pessoas, objetos e animais até onde o limite técnico do ser humano permite.

Porém, não devemos esquecer que antes dessa nobre invenção, as escadas foram o principal meio de transporte vertical utilizado.

Desde a Era Egípcia por volta de 2780 a.C, as pirâmides Miquerinos, Quéops e Quefren foram erguidas à força humana com o uso de enormes pedras encaixadas umas nas outras. Para se ter uma idéia, a maior delas é a Quéops que pesa cerca de 6 milhões de toneladas e foi montada sem ajuda de qualquer tipo de máquina. Já nesse tempo os homens se preocuparam em fazer com que a tarefa de chegar até a entrada desse gigantesco túmulo - pois as pirâmides era construídas para abrigar o corpo dos imperadores egípcios mortos - fosse, para os padrôes da época, algo que se realizasse com certa facilidade. O acesso a parte interna desse monumento fica mais ou menos na metade da altura do mesmo, 69 metros acima do chão. Com isso, planejaram a disposição das pedras que compõem as pirâmides, de forma que na parede exterior da mesma se formassem escadas as quais dariam acesso à entrada. Devemos considerar que os degraus não passuiam a mesma uniformidade das escada nas quais pisamos hoje, porém não é qualque pessoa que sabe descrever como um povo de conhecimento tão retórico pôde planejar e executar algo tão complexo.

Se analisarmos, não só as pirâmides do Egito são dotadas de grandes escadas. Os Castelos da Normandia entre outros castelos que possuem grandes escadarias, e temos também um exemplo muito popular que é a Escadaria da Igreja de Nossa Senhora da Penha. A mesma originou-se de uma capela construía no alto de um penhasco, que ficava nas terras de seismaria de Baltazar de Abreu Cardoso e hoje essa região se denomina por Bairro da Penha, situada no Rio de Janeiro. Com a fundação da Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Penha em 1728, foi cavado na rocha uma escada para facilitar o acesso dos fiéis. E já no século 20, mais precisamente em 1913 essa escada foi ampliada passando a ser constituída por 365 degraus, número este que continua até os dias de hoje. Com isso, a igreja tornou-se lugar de peregrinação e uma grande quantidade de devotos sobem essa escadaria de joelhos para pagar suas promessas. Ou seja, as escadas muitas vezes além de serem usadas como um meio de deslocamento vertical são utilizadas para outros fins.



Rafael Rente Martins

Uploaded by r a f a e l r e n t e on 8 May '06, 11.58am PDT.

Pelada

TELEVISÃO



Rafael Gomes (JB online)

Termino de assistir à segunda temporada de Lost, série de televisão que virou sensação planetária. Como muitos outros antes dele, e prova da dominação que o meio televisivo, em termos de alcance, ainda impõe sobre os demais, o seriado extravasou as simples esferas do programa de tv e tornou-se fenômeno pop, assunto de conversas e parte irremovível da vida das pessoas.

Comparar fatos do cotidiano com as agruras dos sobreviventes fictícios ou mesmo relacionar características psicológicas e comportamentais de amigos e conhecidos a de determinado personagem lostiano virou coisa comum. Eu faço e aposto que você - espectador assíduo que fica com medo de levantar da frente da tv para ir ao banheiro cada vez que um episódio termina com aquele som e aquele suspense característicos e aflitivos – também faz.

Em edição recente, a revista norte-americana Entertainment Weekly, bíblia do showbizz, vaticinou, alegando o crescente interesse do público e a qualidade dos programas exibidos: TV Is King!.

Em edição de domingo passado de um jornal de grande circulação no Brasil, Silvio de Abreu, autor da telenovela Belíssima, disse com todas as letras e assertividade que a televisão, para nós, era muito mais importante do que o cinema.

Discussões (complexas) à parte, fato é que Lost possui seus defeitos, mas mesmo eles são tão bem embalados para consumo que passam a ser não só palatáveis como também parte indissociável de um todo bastante coeso. A dramaturgia é esquemática, mas espertamente pensada para funcionar como folhetim. As viradas são bem programadas, o suspense é equilibrado. Apesar de formulaico, o desenvolvimento das histórias pequenas e grandes quase sempre faz você não agüentar de ansiedade de ver o próximo capítulo.

Os personagens são arquétipos, claro. Mas são defendidos por um elenco surpreendentemente homogêneo e cativante. Levante a mão quem não adora a crueldade de Sawyer, a ambigüidade de Kate ou os mistérios de Locke.

Com suas escorregadas melodramáticas aqui e ali, o grande trunfo de Lost, enfim, é a curiosidade. Trata-se o tempo inteiro do desconhecido, de acontecimentos fantásticos e de muitos mistérios. E, desde sempre, quando se lida de maneira competente com o insondável, cria-se uma isca saborosa, difícil de não ser mordida pelo público.



Mas toda essa introdução é para dizer algo que pode parecer sem propósito, mas que intriga. É assombroso o quanto Lost, em seu microcosmo fictício, emula dinâmicas sociais e comportamentais tão distantes e tão próximas do universo que aborda. Ilhados estamos todos nós.

Não se custa muito a perceber que, naquela ilha perdida, a grande dificuldade é a comunicação. As pessoas não se falam o suficiente, não se entendem o suficiente, não são generosas o suficiente. Na luta pela sobrevivência, e na luta pelo poder dentro da sociedade ali formada, alguns egos transbordam, outros retraem-se e os seres convivem enfrentando-se, em vez de simplesmente ajudarem-se.

O olhar, o gesto e a atitude lançados ao outro, e aos Outros, para ser específico na trama do seriado, é sempre de desafio. O perigo está sempre suposto, ou simplesmente projetado, sem necessariamente existir. Dessa forma, o medo é uma fabricação puramente subjetiva.

(Lost sabe que ronda essas questões e as cutuca bem, até, para um programa de aventura.)

Agora pense na pessoa que vem lhe pedir para limpar seu vidro do carro no semáforo. Você a está enfrentando ou convivendo com ela? Ela te dá medo por quê, ó cara pálida? O PCC está te enfrentando ou tentando te entender? E você? Está tentando entender o PCC? Ou simplesmente o está condenando à morte, sem julgamento?

Que Lost e a realidade social brasileira (falo da brasileira porque moro aqui, conheço aqui, sei como funciona aqui) se assemelhem na brutalidade das relações humanas que apresentam, pautadas pela total falta de diálogo e de busca pelo entendimento, pode ser um pensamento de longo alcance de alguém que quer ver bastante.

Mas vai lá, passe os olhos por todos aqueles 48 episódios produzidos até agora (a primeira temporada está lançada em dvd no Brasil, a segunda está atualmente em exibição pelo canal a cabo AXN) e me diga se não há, nessas linhas, um pouquinho de pertinência.




DICA
Para adensar o pensamento sobre humanos versus humanos, sociabilidade conflituosa, intolerâncias diversas e vidas cerceadas, não deixe de ver Código Desconhecido, sensacional filme de Michael Haneke (diretor atualmente em cartaz com outra maravilha, Caché). Tá ali perto, numa boa locadora de dvd.




PS:
Paulo Mendes da Rocha, arquiteto, em sabatina recente:

LIBERDADE "Temos que ser livres de fato. E sentar na rua. Já amanheci deitado com um amigo na sarjeta na praça da República e não aconteceu nada. Em qualquer desses bairros privados, teríamos sido metralhados. Em certos bairros, se eu for pra lá, já vão me perguntar o que eu estou fazendo. Se disser que não sei, que fui passear, vou em cana. Isso é um absurdo. A cidade é democrática. A cidade é livre. O que acontece com essa classe temerosa que se autoalimenta do pavor? Dizem: "Não há segurança". Como pode haver segurança para quem tem filhos? Como? Botar um guizo em cada filho? É impossível. É uma idéia tola, a da segurança, e um instrumento da exclusão."

BURGUESIA "Quando o coro canta na escadaria do teatro Municipal, toda aquela área fica em silêncio. A cidade que a burguesia despreza é muito mais educada do que ela imagina. (...) A parte mais educada da população habita todo dia a cidade. Senão 10 milhões de pessoas não conseguiriam todos os dias fazer o que fazem. Vêm, com dificuldade, voltam, consomem e alimentam o mercado. E dão lucro para os que desprezam a cidade."


E aí, ecoou?

29 junho 2006

pandanus bark


pandanus bark, originally uploaded by omnia.

texturas

heart on my leaf


heart on my leaf, originally uploaded by omnia.

texturas

Silêncios...


Silêncios..., originally uploaded by Joe Taruga.

Silêncios...


Consegues ouvir a maré...
Na solidão a que te entregaram...
Silêncios...
Consegues ouvir...?

__________________________________________________________



Dei-te a solidão do dia inteiro.
Na praia deserta, brincando com a areia,
No silêncio que apenas quebrava a maré cheia
A gritar o seu eterno insulto,
Longamente esperei que o teu vulto
Rompesse o nevoeiro.

(Espera - Sophia de Mello Breyner Andresen)

Uploaded by Joe Taruga on 28 Nov '05, 3.55a

Marcas de (um) tempo... (II)


Marcas de (um) tempo... (II), originally uploaded by Joe Taruga.

Às vezes, em dias de luz perfeita e exacta,
Em que as coisas têm toda a realidade que podem ter,
Pergunto a mim próprio devagar
Porque sequer atribuo eu
Beleza às coisas.
(...)
Sim, mesmo a mim, que vivo só de viver,
Invisíveis, vêm ter comigo as mentiras dos homens
Perante as coisas,
Perante as coisas que simplesmente existem.

Que difícil ser próprio e não ser senão o visível!

(Alberto Caeiro)

Uploaded by Joe Taruga on 22 Nov '05, 3.34am PST.
spacer image

Strada autunnale


Strada autunnale, originally uploaded by Iguana Jo.

Curvas

27 junho 2006

unilivre.


unilivre., originally uploaded by _daydreamer.

Telhados 11

TELHADOS_Luxemburg


TELHADOS_Luxemburg, originally uploaded by Vi.

Telhados 10

telhados


telhados, originally uploaded by Masao Hata.

Telhados 9

Os telhados da Cidade (4)


Os telhados da Cidade (4), originally uploaded by Antheos.

Telhados 8

telhados de gramado


telhados de gramado, originally uploaded by fnorte.

Telhados 8

Telhados


Telhados, originally uploaded by marcosrs.

Telhados 7

Telhados de Praga


Telhados de Praga, originally uploaded by Aragão.

Telhados 7

telhados da cidade proibida

Telhados 6

Telhados de Dubrovnik


Telhados de Dubrovnik, originally uploaded by corsario.

Telhados 6

telhados


telhados, originally uploaded by Antonio Marcos.

Telhados 5

Telhados de Petrolina


Telhados de Petrolina, originally uploaded by  Metalog.

Telhados 4

Telhados


Telhados, originally uploaded by zaratu.

Telhados 3

telhados do porto


telhados do porto, originally uploaded by 35mill.

Telhados 2

techumbre tepepan


techumbre tepepan, originally uploaded by ALVING.

Telhados

reja entramada


reja entramada, originally uploaded by ALVING.

Nonsense

Reflexos


Reflexos, originally uploaded by raquelsantana.

Reflexos 11

PGR


PGR, originally uploaded by velhojr.

Reflexos 10

Nuvens_quadradas / Squared_clouds


Nuvens_quadradas / Squared_clouds, originally uploaded by velhojr.

Reflexos 9

Here?


Here?, originally uploaded by Fabio Cherman.

Reflexos 8

Bahia 10 .


Bahia 10 ., originally uploaded by Flávio's.

Reflexos 7

Domingo, 9.40 a.m.


Domingo, 9.40 a.m., originally uploaded by ®omiNita.

Reflexos 6

Lucky Lady


Lucky Lady, originally uploaded by MMishka.

Reflexos 5

Lunch-break Dream


Lunch-break Dream, originally uploaded by MMishka.

Rfeflexos 4

Abstract 333


Abstract 333, originally uploaded by MMishka.

Reflexos 3

Abstract 333


Abstract 333, originally uploaded by MMishka.

Reflexos 2

squeeze


squeeze, originally uploaded by MMishka.

Série reflexos 1

2063, June


2063, June, originally uploaded by MMishka.

Nonsense 10

View it LARGE!


View it LARGE!, originally uploaded by MMishka.

Nonsense 9

Perspective and Light


Perspective and Light, originally uploaded by MMishka.

Nonsense 8

Old and New


Old and New, originally uploaded by MMishka.

Nonsense 7

sky


sky, originally uploaded by MMishka.

Nonsense 6

Storm is coming...


Storm is coming..., originally uploaded by MMishka.

Nonsense 5

loss of gravity


loss of gravity, originally uploaded by MMishka.

Nonsense 4

Title?


Title?, originally uploaded by MMishka.

Nonsense 3

Мост - Bridge


Мост - Bridge, originally uploaded by MMishka.

Nonsense 2

Staircase


Staircase, originally uploaded by MMishka.

Série fotos nonsense

Em busca de novos ares






03.05.2006 | Tudo começou há algumas semanas, quando, em casa, meu notebook captou a rede wi-fi de algum vizinho desavisado. Fiquei surpreso, mas nem tanto, afinal, já havia presenciado o fenômeno nos lares de um punhado de amigos. Curioso, carreguei-o em seguida para a sala de jantar interessado em saber se o sinal se espalhava pela casa. Mas não. Esse acontecimento banal despertou uma questão que vai muito além da configuração que a maioria dos usuários faz com suas redes locais e se permitem que suas vizinhanças utilizem seus links na camaradagem. Ela chega ao devaneio de questionar onde a internet destituída de fios vai nos levar – ou para onde vamos levá-la.

Levei o tema para alguns encontros sociais. Em geral, como todo o ser humano em sã consciência, os consultados foram unânimes em endossar a maravilha das propriedades sem-fio na informática. Citaram handhelds, notebooks e, claro, telefones móveis – bem que alguém tinha dito que já era possível ligar via VoIP através do próprio celular se houvesse uma rede wireless ao seu redor. Mais uma vez acendeu aquele sinal vermelho com a frase “onde vamos parar?” Perdi alguns segundos para me nortear, no afã de entender o que está por vir sem ser pego de surpresa.

E a pauta virou obsessão. Passei a não conversar mais com os outros sobre o mundo sem cabos, e sim a entrevistá-los. Toda e qualquer opinião era bem-vinda, desde a de consolidados especialistas até a de simpáticos boçais. As siglas tecnológicas da moda citadas nem tiveram tanto peso. O importante era entender a ótica do indivíduo moderno acerca dessas fascinantes tendências digitais.

A pesquisa beirou uma riqueza incomum de visões. Falaram de tudo, questionaram de tudo. Até que numa noite, num desses debates, houve uma espécie de estalo capaz de fazer a internet ficar mais parecida com a TV. Há quem possa referenciar também o rádio, os celulares e tudo que vier pelo ar. Mas muito mais do que fugir de um emaranhado de fios, a ausência estética dos cabos pode incidir numa valiosa gama de benefícios para gente como a gente. E o jeitão atual do que circula pelos televisores poderia inspirar uma curiosa divagação a respeito.

Quem não gostaria de uma internet livre no ar? Livre mesmo, disponível em todo e qualquer canto, para quem quiser, para quem precisar. Não há filantropia no mundo capitalista, mas com algumas horas de um raciocínio esforçado é possível chegar a uma fórmula que viabilize esta idéia sem fazer com que nenhum segmento do mercado banque esta festa boca-livre. Com um pouco de boa vontade, todo mundo pode sair bem dessa. É claro que a discussão passa por padrões de tecnologia, se wimax, wimesh ou outro “wi” qualquer. Mas, pelo menos por enquanto, o debate fica limitado ao plano filosófico da coisa.

E de onde vem o paralelo com a TV (aberta)? Da constatação de que, eventualmente e se as elucubrações acima não forem inteiramente insanas, você poderá comprar um computador e começar a navegar pela rede sem gastar mais nada por isso. A internet estará sempre disponível no ar - assim como já é feito hoje com qualquer televisor ou rádio. Ou, simplesmente, passear com o seu notebook por aí sem perder o seu sinal de conexão – considerando, claro, que em alguns lugares, assim como com a TV, os sinais da internet poderiam falhar. Pode soar estranho, mas há uma relação aí, sim.

Nesta lógica, poderíamos relacionar os sites da internet aos canais da TV. Assim, num formato de internet sem-fio liberada, a tendência seria imaginar uma série de endereços aos quais o usuário teria acesso gratuito. Os demais estariam indisponíveis e, assim como a versão a cabo da TV, quem sabe, poderiam ser acessados mediante um pagamento qualquer. Assim, será que estas poucas e privilegiadas URLs ajudariam a viabilizar este modelo? Qual seria o critério para um site constar nessa relação? Pagaria para isso? Ou seria mais interessante abrir o espaço apenas para web sites de serviços públicos, úteis para a população?

Outra opção estaria em liberar gratuitamente apenas uma velocidade de conexão razoável, suficiente para uma experiência mínima de navegação. Com ela não seria viável trocar arquivos, se divertir com games online, entre outras tantas atrações que apenas um belo link pode sustentar. Assim, o usuário precisaria pagar uma quantia para fazer o upgrade em seus laços com a internet. Afinal, moleza demais não faz bem.

Apesar do pioneirismo do rádio, criado pelo italiano Marconi no século XIX, a estrutura dos canais de TV e todo o seu desenvolvimento moderno permitem mais asas a devaneios conjunturais para o futuro. O formato utilizado pelo celular, por outro lado, se torna mais palatável e com maior possibilidade de controle da rede como um todo. Basta imaginar cada computador como um aparelho móvel, exigindo uma espécie de chip para autenticar-se junto à internet. O “chip” também ajudaria bastante nas questões de tarifação e variações acerca do tema.



De todo o modo, há décadas seria improvável arriscar nosso atual estágio evolutivo – atenção para a foto ao lado (agora desvendada como uma farsa), de origem e ano desconhecidos, porém longínquos, retratando como seria um computador pessoal no ano de 2004. Por isso, muito mais do que embasar, tantas idéias possivelmente estranhas vêm para instigar a reflexão e o debate sobre o que nos espera. Podem não fazer o menor sentido, mas servem para desafiar o nosso entendimento do que seria interessante e conveniente para nós, simples consumidores e usuários.

Invariavelmente a indústria, que nos alimenta com produtos e serviços do gênero, ditará o futuro baseado no seu poder de geração de receita associado à demanda originada pela grande massa de indivíduos que forma o mercado. Seja qual for o caminho a ser seguido, fica, no mínimo, a satisfação de saber que o próximo passo será sempre maior e mais rápido do que o anterior. Seja qual for a velocidade do próximo link, não há dúvidas de que será ainda mais veloz, também. E, parecida ou não com a TV, continuaremos ainda mais conectados.

Adeus à desculpa da dor de cabeça



no mínimo volta à primeira página Nonsense
Luiz Antonio Ryff



Uma equipe de pesquisadores liderada por Sonoko Ogawa, da Universidade de Tsukuba, Japão, que está trabalhando na Universidade Rockefeller, de Nova York, conseguiu atacar um ponto específico no cérebro e desligar o interesse de uma fêmea de camundongo por sexo.

Segundo a “Folha” (conteúdo para assinantes), o experimento é de ficar com pena do ratinho. No vídeo disponível na internet aos assinantes da revista da Academia Nacional de Ciências dos EUA, a “PNAS” (www.pnas.org), aparecem dois casais de camundongos em duas gaiolas transparentes.

No casal em que o gene da fêmea está ativo, os bichinhos ficam cheirando o local, se cheirando, mas lá pelo décimo segundo o macho monta na fêmea, que aceita a cópula sem maiores hesitações.

Na outra gaiola, a guerra entre os sexos é explícita. O macho tenta montar a fêmea, mas ela reage com violência. São 14 segundos de frustração masculina e fúria feminina. Tudo por causa do tal do gene do receptor de estrógeno-alfa, que foi desligado, e que tem um papel importante na regulação desse hormônio.

Em suma, a partir de hoje, se o seu marido-namorado-companheiro-caso vier quente num dia em que você não estiver nada fervendo, seja pelo menos original. Em vez do batido “hoje não, amor, estou com dor de cabeça”, que tal: “Hoje não, querido, estou sem o gene do receptor de estrógeno-alfa”?