22 outubro 2007

Nonsense

25 setembro 2007

Tropa de Elite


Assisti a versão pirata, sim eu sei, estou contribuindo para a propagação de mal feitores que se alastram pelo país, a começar por nossos governantes. Esta é a temática do filme, além de mostrar a corrupção policial, onde criminosos travestidos de policiais fomentam o tráfico de drogas com armas e munições entre outras falcatruas, que vão desde a receber propina do jogo do bicho até receber pagamentos de comerciantes por proteção. O filme também chama a atenção para a responsabilidade dos consumidores de drogas que, numa cena, vão a passeatas pedindo paz e em outra estão puxando um baseado sem se dar conta da sua contribuição para a manutenção deste ciclo que acaba gerando, entre outras coisas, mais violência. Muito evidente na cena em que uma patrulha do BOPE ataca um grupo e mata um rapaz e em seguida pergunta a um estudante, participante do grupo, quem o havia matado. Uma resposta que parecia óbvia é o mote para o policial, vivido por Wagner Moura, descarregar toda a sua indignação contra os usuários de drogas.
O filme nos deixa com uma sensação de mal estar e essa é a intenção. Uma sensação de insegurança e medo,como um órfão de pai e mãe. Nos coloca cara a cara com uma policia sucateada e vivendo de propina, feita para defender interesses, por parte de alguns integrantes, para obterem enriquecimento ilícito. E os bons policias que se encontram no meio acabam tendo que se subjugarem sob pena de sofrerem retaliações, que vão desde a uma mudança de seção de onde trabalham a negação de direitos trabalhistas ou dificuldades para exercer a profissão, até a morte. O filme mostra um ambiente corrompido e uma sociedade a mercê de bandidos e "policias". Nada de novo, mas impactante, por contar uma estória que é baseada em relatos reais e por mostrar a corrupção sob a ótica de um policial. Isso dá uma credibilidade arrasadora que assombra. Destaque para Wagner Moura que se empenhou em mostrar a vida de um policial do BOPE vivendo sob pressão contínua entre sua vida familiar e o inferno de sua profissão.

Nilo dos Anjos



09 julho 2007

A VERDADE ESTÁ NA CARA, MAS NÃO SE IMPÕE





( ARNALDO JABOR )






O que foi que nos aconteceu? No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor,"explicáveis" demais.Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas.Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados,fichados, e nada rola. A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe.Isto é uma situação inédita na História brasileira.Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político,Infiltrada no labirinto das oligarquias, claro que não esquecemos a supressão, a proibição da verdade durante a ditadura, mas nunca averdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil,impotente,desfigurada. Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos. Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes, as provas irrefutáveis,mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo. Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações.Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar.O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz.Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder. Este governo é psicopata!!! Seus membros riem da verdade, Viram-lhe ascostas passam-lhe a mão nas nádegas. A verdade se encolhe, humilhada, num canto. E o pior é que o Lula,amparado em sua imagem de "povo", consegue transformar a Razão em vilã,as provas contra ele em acusações "falsas", sua condição de cúmplice e Comandante em "vítima". E a população ignorante engole tudo. Como é possível isso? Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na Fortaleza da lentidão e da impunidade. Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados - nos comunica o STF. Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem. A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização. Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo.Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito....Está havendo uma desmoralização do pensamento Deprimo-me:" Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?". A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua.Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios.A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio,tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo. A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha,muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais aos fatos!Pior: que os fatos não são nada - só valem as versões, as manipulações. No último ano, tivemos um único momento de verdade, louca,operística,grotesca, mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortinado país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política.Depois surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos Correios e o parecer do procurador-geral da República. São verdades cristalinas, com sol a Pino. E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de "gafe". Lulo-Petistas clamam:"Como é que a Procuradoria Geral, nomeada pelo Lula, tem o desplante de ser tão clara! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão explícito, ecomo o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT? Como ousaram ser honestos?". Sempre que a verdade eclode, reagem.Q uando um juiz condena rápido, é chamado de "exibicionista".Quando apareceu aquela grana toda no Maranhão (lembram, filhinhos?), afamília Sarney reagiu ofendida com a falta de "finesse" do governo de FH, que não Teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando...Mas Agora é diferente.As palavras estão sendo esvaziadas de sentido.Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para contestar seus crimes, o governo do Lula está criando uma língua nova, uma neo-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática,dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se consolidando no horizonte. Toda a complexidade rica do país será trans formada em uma massa de palavras de ordem, de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o Populismo e o simplismo. Lula será eleito por uma oposição mecânica entre ricos e pobres, dividindo o país em "a favor" do povo e "contra",recauchutando significados que não dão mais conta da circularidade domundo atual.Teremos o "sim" e o "não", teremos a depressão da razão de um lado e a psicopatia política de outro, teremos a volta da oposição Mundo x Brasil,nacional x internacional e um voluntarismo que legitima o governo de um Lula 2 e um Garotinho depois. Alguns otimistas dizem:"Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de Verdades!"




Arnaldo Jabor expulso da CBN!!!

25 abril 2007

Aquecimento global: Uma mentira conveniente





Aquecimento global: Uma mentira conveniente
por Andrew Marshall
[*]







Recentemente foi apresentado no Canal 4 do Reino Unido o documentário The Great Global Warming Swindle (A grande burla do aquecimento global) que afrontou o discurso político oficial de que o "aquecimento global" e as "alterações climáticas" são causados pelas atividades humanas. O documentário, com o testemunho de muitos cientistas e especialistas do clima, que crescem em número avassalador contra aquela teoria oficial, apresenta como causa principal das alterações climáticas as variações da atividade solar. É, apesar de tudo, uma teoria [que se contrapõe a outra, mas que não esgota o assunto]. Assim que se começou a dizer, estranhamente, que o "debate está concluído", porque em ciência o debate nunca está concluído, começaram a aparecer perguntas, que deviam ser respondidas, e a surgir novos temas que conduzem a avanços da ciência [climática]. Primeiramente, é muito importante considerar que a Terra não é o único planeta do nosso sistema solar que passa por um período de aquecimento. De fato, muitos astrônomos anunciaram que Plutão tem experimentado um aquecimento global que se trata de um fenômeno sazonal já que, como as variações das estações na Terra, alteraram as condições hemisféricas com a variação da inclinação em relação ao Sol. Devemos recordar que é o Sol que determina as nossas estações e que tem verdadeiramente o maior impacto no clima do que poderíamos alguma vez supor. Em Maio de 2006, um relatório revelou que ocorreu em Júpiter uma tempestade, semelhante a um furacão, que deve ter causado uma alteração climática no planeta com um aumento de temperatura de 10 graus Celsius. A National Geographic News publicou um relatório que afirma ser a simultaneidade dos aumentos de temperatura na Terra e em Marte uma indicação de um fenômeno climático natural em vez de provocado pelo Homem. O relatório acrescenta ter a NASA afirmado que os mantos gelados de dióxido de carbono de Marte derreteram há poucos anos. Este fenômeno soa a algo familiar? Um observatório astronômico da Rússia declarou que "estes fatos observados em Marte são uma prova de que o aquecimento global terrestre está a ser causado pelas alterações verificadas no Sol". Afirmou ainda que tanto Marte como a Terra, através das suas histórias, têm conhecido idades de gelo periódicas quando o clima muda de forma contínua. A NASA tem observado também tempestades maciças em Saturno que indicam alterações do clima que estão a acontecer naquele planeta. O telescópio espacial Hubble, da NASA, tem registado alterações climáticas maciças em Tritão , o maior satélite lunar de Netuno. Tritão, cuja superfície já foi constituída por azoto gelado, roda agora envolvido em gás. A Associated Press relatou que os satélites [meteorológicos] que medem a temperatura solar têm registado um aumento da sua temperatura , significando que a radiação solar está a aumentar. O London Telegraph noticiou em 2004 que o aquecimento global era devido ao aumento da temperatura do Sol que está mais alta do que nunca desde há mil anos . A notícia referia que esta conclusão fora obtida em investigações conduzidas por cientistas alemães e suíços que afirmaram ser o aumento da radiação solar a causa das alterações climáticas. Claude Allègre, cientista francês de nomeada [ex-ministro da Ciência], que foi dos primeiros cientistas a chamar a atenção da opinião pública para os perigos do aquecimento global, há 20 anos, afirma atualmente que "existem provas crescentes de que a principal causa do aquecimento global é originada por fenômenos da Natureza" . Allègre disse que "não existem quaisquer bases para afirmar, como faz uma maioria, que a «Ciência [do aquecimento global] está acabada» ". Está convencido que o aquecimento global é uma variação natural e não vê na ameaça anunciada de "grandes perigos" mais do que enormes exageros. Também, recentemente, o presidente da República Checa, Vaclav Klaus , ao falar sobre o relatório do IPCC [4º Sumário para os Decisores Políticos, do Intergovernmental Panel on Climate Change, aprovado em Fevereiro de 2007] considerou que " O aquecimento global é um falso mito como dizem [já] muitos cientistas e pessoas sérias. Não é correto consultar o IPCC. O IPCC não é uma instituição científica: é uma organização política, uma espécie de organização não-governamental de cor verde. Não é um fórum de cientistas neutros nem um grupo equilibrado de cientistas. São cientistas politizados que atingem lugares cimeiros com uma opinião preconceituosa e um objetivo pré-definido." E ao perguntar-se-lhe qual a razão por que não aparece nenhum outro político a dizer o que ele afirma, Klaus respondeu que "outros políticos de alto nível não exprimem as suas dúvidas sobre o aquecimento global por que a disciplina politicamente correta estrangula-lhes a voz". Nigel Calder, ex-editor da revista New Scientist, escreveu um artigo no Sunday Times, do Reino Unido, em que afirma: "quando os políticos e os jornalistas declaram que a ciência do aquecimento global está estabelecida [definitivamente] mostram uma ignorância lamentável sobre como se aplica o método científico". Disse ainda que "Há vinte anos que a investigação científica do clima se politizou a favor de uma hipótese particular." E, relativamente àqueles que os media consideram dissidentes da teoria oficial, Nigel disse: "Imagina-se que quem apresenta dúvidas acerca do aquecimento global deve estar a ser pago pelas companhias petrolíferas". Foi exatamente o que eu acreditei até investigar as suas verdadeiras razões. Acrescentou: "O alarmismo do medo do aquecimento global promove cabeçalhos [nas primeiras páginas] dos media sobre as ondas de calor, que têm origem diferente [do aquecimento global], e relega para páginas interiores, dedicadas à economia, os milhões de dólares perdidos nas colheitas de Inverno da Califórnia devido à geada anormal". Para aqueles que viram o documentário de Al Gore, aquilo era muito convincente quanto à hipótese do aquecimento global ser um fenômeno desencadeado pelo Homem com o potencial de matar toda a gente e acabar com a humanidade. Apesar de tudo, o filme foi preenchido com gráficos e mapas, de modo a parecer verdadeiro. Comecemos por algo que é indiscutível. Al Gore não é um climatologista, meteorologista, astrônomo ou um cientista de qualquer ramo. Ele é um político. E como todos sabemos, os políticos dizem "sempre" a verdade. No entanto, como a popularidade de Al Gore cresceu com o recente prêmio da Academia [de Hollywood] pelo seu filme, o tema subiu em espiral com um impulso forte para uma ação rápida e um debate acalorado, forçando muitos cientistas a falar e a questionar a política do status quo. Um grupo de cientistas disse recentemente que o que está por trás do filme de Al Gore, como o conceito do aquecimento global provocado pelos gases com efeito de estufa, era "uma fraude" . Afirmam, de fato, que existe uma prova muito fraca para sustentar aquela teoria e que a prova [forte] aponta atualmente para o aumento da atividade solar como causa das alterações climáticas. No filme de Al Gore apresenta-se a prova dos cilindros de gelo retirados do Antártico como demonstrativa da teoria de ser o [aumento da concentração do] CO 2 a causa do aumento da temperatura. No entanto, este grupo de cientistas afirma que "períodos mais quentes na história da Terra sucederam 800 anos antes do aumento da concentração do dióxido de carbono", significando que o crescimento da concentração se atrasa em relação ao da temperatura. Isto é, as emissões [naturais] crescem com um atraso de 800 anos em relação ao aumento da temperatura. O grupo salienta também que "após a Segunda Guerra Mundial verificou-se um aumento significativo de emissões de dióxido de carbono [acompanhando a explosão económica da reconstrução europeia] e, contudo, a temperatura média global baixou durante [cerca de] quatro décadas seguidas, a partir de 1940." Chamam ainda a atenção para o fato de a ONU [IPCC] reivindicar a participação de 2000 cientistas líderes internacionais na redação de um relatório [sumário editado em Fevereiro de 2007], o que é uma fraude, quando se sabe que a lista contém nomes de cientistas que pediram para serem retirados dela por não estarem de acordo com as conclusões [apresentadas publicamente]. Timothy Ball, um dos primeiros canadenses doutorados em climatologia, escreveu recentemente um artigo onde se admira de ninguém escutar os cientistas que afirmam que o aquecimento global NÃO É devido ao Homem . Começa por dizer "Acredite-se ou não, o aquecimento global não é devido à contribuição humana para a concentração atmosférica do dióxido de carbono. Estamos perante o maior erro da história da ciência." Continua "Desperdiçamos tempo, energia, e milhares de milhões de dólares e criamos medo e consternação desnecessários num tema sem justificação científica." Menciona os milhares de milhões gastos em propaganda pelo Departamento do Ambiente do Canadá que defende "uma posição científica indefensável, enquanto ao mesmo tempo fecha estações meteorológicas e falha na legislação de medidas contra a poluição". O Dr. Ball levanta uma questão interessante, que todos deveriam ter em consideração, quando há cerca de 30 anos, nos anos 1970, [os mesmos] falavam no "arrefecimento global", alarmavam com a implicação deste nas nossas vidas, nas de outras espécies, e na própria sobrevivência que estava ameaçada. É interessante como se parece com o atual alarido dos políticos canadenses. Ball continua a explicar que as alterações climáticas ocorrem como sempre ocorreram devido [essencialmente] às variações da temperatura do Sol. Explica que estamos ainda a sair do que se designa por Pequena Idade do Gelo e que a história da Terra é fértil em alterações do clima. O que o clima faz atualmente é o que sempre fez, isto é, altera-se. O Dr. Ball afirma que "não há nada de incomum no que está a acontecer" e que "é contrário ao alarmismo que se anunciava com o arrefecimento global e ao que se anuncia agora com o aquecimento global." O Dr. Timothy Ball escreveu mais tarde, ao comentar os problemas que se levantam aos cientistas que são contra o discurso oficial, que "Infelizmente, a minha experiência mostra que as universidades se tornaram dogmáticas e repressivas dentro da nossa sociedade. Esta posição tem-se vindo a tornar cada vez pior na medida em que elas recebem cada vez mais subsídios governamentais por defenderem o ponto de vista oficial". Menciona ainda que "foi acusado, pelo ambientalista canadense David Suzuki, de ser pago pelas petrolíferas". Conclui apontando autores que se afirmam continuadamente contra o mito do aquecimento global de origem humana. É o caso de Michael Crichton [que se interessa também, embora médico, pela ciência climática] que escreveu o livro «Estado de Pânico» onde explica a imprecisão científica que está por de trás do mito. Um outro proeminente cientista apontado é Richard Lindzen, físico da atmosfera, professor de meteorologia do MIT, que fala frequentemente em público contra a teoria do aquecimento devido aos humanos mesmo que não o queiram escutar. Um artigo do Washington Times, publicado em 12 de Fevereiro de 2007 discute como os céticos do Aquecimento Global são tratados como "párias" . O artigo começa "Os cientistas céticos das teorias do aquecimento global dizem que são cada vez mais alvo de ataques – tratamento de certos analistas a quem apresente visões que contrariam o efeito de estufa [antropogênico]". É citado um exemplo deste gênero ao referir um climatologista de Oregon ser descartado da sua posição pelo Governador ao falar [publicamente] contra as origens [invocadas] do aquecimento global. A maioria dos céticos não afirma que o aquecimento global não esteja a acontecer. Eles discordam apenas quanto às causas. Mesmo assim são chamados de traidores. [Apesar de tudo], um estudo financiado pela NASA em 2003 afirma que "alterações no ciclo solar – e a radiação solar – são reconhecidas como causas possíveis de mudanças do clima na Terra, a curto prazo". Numa tempestade de cientistas falando contra o filme de Al Gore, um Prof. [Bob Carter] australiano do Laboratório de Geofísica da Marinha afirmou publicamente que "Os argumentos circunstanciais de Al Gore são tão fracos que chegam mesmo a ser patéticos . É simplesmente inacreditável que tenham, juntamente com todo o filme, atraído atenção do público". Em resposta à utilização das imagens, no filme de Al Gore, sobre os glaciares que recuam, o Dr. Boris Winterhalter, Prof. de geologia marinha e antigo investigador da Marinha na Geological Survey da Finlândia, disse que "A parede do glaciar a quebrar [Perito Moreno, na Patagônia] é um fenômeno cíclico normal que ocorre devido ao avanço natural do glaciar [sobre um lago]". Esse avanço tem sentido, como o passado histórico nos mostra, porque aquele glaciar se move continuamente, auxiliado pela inclinação do vale [devido à ação da gravidade], desde o final da última glaciação de há cerca de 10 mil anos. Talvez a minha memória não seja boa, mas penso que há 10 mil anos ainda não existiam SUV [Sport Utility Vehicle – jipe americano] … Um outro uso inteligente das imagens para manipulação dos fatos é o do urso polar que parece atrapalhado com uma placa de gelo para indicar que os ursos polares estão em extinção por causa do aquecimento global. No entanto, existem coisas erradas nesta avaliação. Primeiramente, de acordo com um artigo publicado pelo Prof. Igor Poliakov , da Universidade do Alasca, "A região do Ártico onde se verificou uma subida da temperatura [parte oriental, devido às depressões que levam ar quente] que se supõe fazer perigar os ursos polares mostra flutuações desde 1940 sem nenhuma tendência marcada pela subida". Seguidamente, se os ursos polares estivessem em perigo, conforme Al Gore, como se justifica que uma avaliação recente feita pelo governo canadense conclui que a espécie não está em declínio mas em número crescente ? Em terceiro lugar, a idéia apresentada de um urso polar aflito como argumento de Gore, é verdadeiramente peregrina pois eles são excelentes nadadores de acordo com a Sea World [cadeia de parques temáticos dos EUA] "capazes de nadar durante várias horas seguidas em distâncias que podem atingir cem quilómetros" . O Prof. Carter [referido anteriormente], falando sobre Al Gore e a sua cruzada pessoal, disse "O homem é um embaraço para a ciência dos EUA e os seus muitos assessores (esconderam-se no anonimato, mas são sobejamente conhecidos) ensinaram-lhe apenas junk-science [lixo científico] para a sua cruzada de propaganda". Mesmo que Al Gore dissesse verdades sobre causas do aumento da temperatura, ou das alterações climáticas, e a maior parte das provas que aponta não são verdadeiras, mas mesmo que fossem, ele não deixava de ser um hipócrita. Revelou-se recentemente que ele não pratica o que diz nos seus sermões, nem quanto ao que disse no discurso de aceitação do prêmio da Academia [de Hollywood]: "Povo de todo o Mundo, necessitamos de resolver a crise do clima. Não é um assunto político; é um assunto moral". Bem, neste caso, um recente estudo do Tenesse Center for Policy Research mostra que Al Gore apenas numa das suas mansões consome 20 vezes mais energia do que a média dos americanos. Provou-se também que Al Gore consome mais eletricidade num mês do que o americano médio num ano! Ao verificarmos que existem mais provas de que as alterações climáticas estão mais relacionadas com o aumento da temperatura do Sol do que com o comportamento dos povos de todo o mundo, devemos perguntar porque são abafados os esforços para explicar que se trata de um mito e são atacados os que se esforçam nesta missão. De fato, são conhecidos casos de cientistas que receberam ameaças de morte [Telegraph] por se manifestarem contra a teoria oficial do efeito de estufa antropogênico. Há mesmo a tentativa de relacionar aqueles que se manifestam contra o discurso oficial com os que negam a existência do Holocausto. Numa recente op-ed [opinião individual] do Boston Globe comentando o recente relatório emitido pela ONU [IPCC], Ellen Goodman escreveu "Digamos adequadamente que os negadores do aquecimento global estão a par dos autores do negacionismo [dissonância dos conceitos evolucionismo e criacionismo] do Holocausto, embora estes neguem o passado e aqueles neguem o presente e o futuro". Este comentário é muito perturbante, não somente porque existem razões científicas para duvidar da base teórica do aquecimento global, mas também porque é um vil ataque à liberdade de pensamento e de expressão que é o mais vital e importante de todos os direitos e liberdades do Homem. Tal como o IPCC, os políticos ocidentais são rápidos a declarar que o debate está fechado e que a ação deve ser imediata. Qual é a ação que estes planeiam executar? O Chanceler do Tesouro do Reino Unido, Gordon Brown , previsto sucessor de Tony Blair, apelou publicamente a uma "nova ordem mundial" para combater a ameaça das alterações climáticas. Vejamos qual seria a "nova ordem mundial" a ser implementada para esse combate. Uma das medidas principais que se avança seria a imposição proposta pelo IPCC de uma taxa global de emissões de gases com efeito de estufa . A maioria dos povos ao ouvirem esta proposta pensam "bom, os poluidores que paguem a fatura". Bem, isto significaria que quem conduz automóveis teria de pagar [mais] um imposto, já que, de acordo com Al Gore, ao se conduzir um veículo está-se a provocar o aquecimento global. Isto não é um gracejo, visto que um artigo do jornal Guardian do Reino Unido afirma já que "O governo está a preparar o lançamento de um plano em que os condutores seriam obrigados a pagar £ 1,30 por milha para serem autorizados a conduzir no Reino Unido nas estradas mais congestionadas". Significa aproximadamente USD 3,00 [€ 3] por milha. Um estudo conduzido por um especialista em transportes e infra-estruturas calculou que "Um viajante de Birmingham pode ter de pagar cerca de £ 1500 por ano para percorrer 19 mil milhas" . Isso equivale a aproximadamente USD 3000 [€ 3000] por ano [num percurso anual de 30 mil quilómetros]. Não sabemos o seu caso, mas não conhecemos muitos povos com recursos para pagarem aquele imposto. Na União Europeia, planeiam-se aumentos de impostos para o diesel . A Comissão Européia propôs recentemente "aumentar os impostos para o diesel comercial até 20 % nos próximos sete anos". Seria, segundo ela, para proteger o ambiente porque atuaria como um entrave à mobilidade das pessoas. Esta é precisamente uma daquelas notícias excelentes porque qualquer um que tenha conduzido nos dois anos recentes sabe como os preços dos combustíveis líquidos estão demasiado baixos… Outra preocupação se levanta fora do conceito de aplicar impostos às pessoas que têm de se dirigir para paragens distantes. De acordo com a secretária dos Transportes do Reino Unido, "Todo veículo teria uma caixa negra para permitir que um sistema de satélites siga os movimentos das suas deslocações" . Esta idéia tem levantado grande celeuma no Reino Unido na perspectiva do aumento do uso da tecnologia Big Brother [controle da movimentação dos indivíduos] nos programas governamentais. No Canadá, as propostas atualmente em cima da mesa recomendam que "Os canadenses devem pagar um suplemento de 10 cêntimos por litro [€ 0,007/litro] de combustível abastecido na bomba de distribuição" , copiando os programas da União Europeia. O mayor de Toronto , no Canadá, pensa também na aplicação de portagens regionais para combater as alterações climáticas . A União Européia pensa banir as lâmpadas convencionais de filamento substituindo-as por lâmpadas de menor consumo. Esta substituição estaria completada dentro de dois anos, obrigando 490 milhões de cidadãos dos Estados-membros a efetuar a mudança. Entretanto alguns problemas se levam para este plano [faraôico] já que existem lâmpadas de menor consumo "com toxinas banidas e outras que não encaixam nos suportes que deveriam ser igualmente substituídos". Contudo, a Europa (e Gordon Brown) fala que as lâmpadas "verdes" têm de substituir todas as outras. O Daily Mail afirma que aquelas são 20 vezes mais caras do que as lâmpadas convencionais . Além disso, produzem uma luz mais áspera e descontínua, com uma cintilação de 50 períodos por segundo [freqüência da rede elétrica]. Estas lâmpadas "eficientes" também necessitam mais ventilação do que as normais, o que significa que não servem para ambientes fechados. Estou seguro que estes inconvenientes não incomodarão alguns dos 490 milhões de cidadãos que são forçados à substituição. No Canadá, discute-se se a proibição da utilização das lâmpadas convencionais está incluída na lei Stephen Harper da poluição atmosférica. Esta discussão foi recentemente levantada pelo fato de a Austrália proibir o uso de lâmpadas convencionais a partir de 2010. . Do mesmo modo, a Califórnia aprovou uma lei de proibição a aplicar apenas em 2012 tal como em Nova Jersey. A Royal Phillips Electronics, uma das principais multinacionais que produzem as lâmpadas de substituição, anunciou que vai deixar de produzir lâmpadas convencionais em 2016. Esta decisão vai provocar um custo elevado aos consumidores que deixarão de ter alternativas de utilização dos seus rendimentos [entre custos fixos e de exploração] para ajudar o ambiente. Terão esperança de sobrevivência sem comprar lâmpadas à espera que os governos o façam por si? Boa sorte. Um relatório recente apontava para o Reino Unido ter a pretensão, através de planos agressivos, de vir a ser a primeira economia "verde" do Mundo. Parte deste plano prevê que cada habitação do Reino Unido será "isenta de carbono" dentro de 10 anos, tornando-as em padrões "verdes" exemplares. O governo inglês prometeu fornecer as substituições, o que levou muitos a temerem que seja um método de espionar os donos das casas para garantir que eles se tornem "verdes". Blair Gibbs, membro da Taxpayer's Alliance [organização de contribuintes], crítico do programa governamental, afirmou "É bastante mau que os políticos queiram levar tanto dinheiro em impostos. É inaceitável que eles se queiram introduzir nas nossas casas para se habilitarem a penalizar ainda mais os contribuintes." Não digo que não seja uma boa idéia tomar iniciativas para melhorar o ambiente. Mas peço-vos para terem em consideração o seguinte: se, de fato, a maioria dos dados científicos aponta para o Sol como causa do aquecimento global, um imposto de emissões de carbono ajudará a travá-la? Como é que nós que conduzimos veículos [na Terra] somos capazes de provocar alterações climáticas em Marte, Júpiter, Plutão, Netuno e Tritão? Pode Al Gore, por favor, explicar-me isto? Se [a concentração] do CO 2 aumentar como RESULTADO do aumento da temperatura, podemos nós resolver alguma coisa com as taxas de emissões? Isso é o mesmo que tentar impedir o processo de embranquecimento dos cabelos dos seres humanos quando envelhecem. Não é o cabelo branco que causa o envelhecimento, ele é um efeito do envelhecimento. E não há nada a fazer para impedir o embranquecimento enquanto for vivo. Este é um processo natural que não pode ser evitado e que acontece sempre, acontece sempre. Tão certo como as alterações climáticas. Parece inquietante que políticos estejam demasiado ansiosos para agarrar neste mito do aquecimento global antropogênico a fim de nos tornar receosos e culpados. Culpados bastante para o desejarmos mudá-lo e receosos bastante para abdicarmos da nossa liberdade e submetermo-nos a despesas financeiras maciças a fim de fazer o que eles pretendem. Deste modo, esta mentira empurra-nos para aceitarmos mais gastos de dinheiro e para aceitarmos governos maiores e mais fortes. É, na realidade, uma mentira conveniente para aqueles que querem exercer o controle da nossa vida e do nosso dinheiro. No entanto, é uma mentira inconveniente para a quantidade maciça de povos que estão já a sofrer problemas de uma classe média em desvanecimento. Se os problemas que nos estão a ser apresentados são baseados em mentiras, então que esperança temos de encontrar uma solução verdadeira para ajudar o ambiente? Um imposto global não limpará o óleo derramado pelo Exxon Valdez que ainda está a poluir as águas do Alasca 18 anos após o desastre. Um imposto global não impedirá que a Shell continue a fazer do delta do Níger um dos sítios mais perigosos do Mundo . Não. Temos de ser realistas em primeiro lugar. Maduros nos debates sobre os problemas que enfrentamos. Então, e somente então, podemos ter esperança de conseguir encontrar qualquer sorte de solução [que interesse a a todos].
[*] Estudante da Universidade Simon Fraser, Vancouver, Colúmbia Britânica, Canadá. O original encontra-se em
globalresearch.ca . Tradução de MCP. Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

Justiça libera programação na TV aberta

LAURA MATTOS

da Folha de S.Paulo
Campanha: Desligue a sua TV


As redes de TV obtiveram mandado de segurança que anula a obrigatoriedade de exibir programas nos horários determinados pelo governo. Com a decisão, mesmo a programação classificada como imprópria a crianças e adolescentes fica autorizada a ir ao ar em horário livre (antes das 20h).O mandado, solicitado pela Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV), foi assinado pelo ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 18/4. A Folha tentou localizá-lo ontem, sem sucesso.A vitória da Abert se dá às vésperas do prazo máximo para que as TVs passem a cumprir as novas regras de classificação de programas, elaboradas pelo Ministério da Justiça. A pasta informou ontem que irá recorrer da decisão do STJ.Publicada em fevereiro, a portaria 264 entra em vigor no dia 13 e determina horários para programas inadequados a crianças e adolescentes (após as 20h para maiores de 12 anos, 21h para 14, 22h para 16 e 23h para 18). A portaria também exige que as TVs respeitem os diferentes fusos horários do país. Diferentemente do que ocorre hoje, a novela classificada para 21h, por exemplo, não pode ir ao ar às 19h no Acre (18h no horário de verão).Com o mandado de segurança, essas exigências ficam suspensas, e o governo só poderá cobrar que as redes informem, com símbolos padronizados, para que idade o programa em exibição não é recomendado.O mandado de segurança tem efeito provisório, até o julgamento do mérito. Enquanto o STJ não decidir se as TVs devem ou não cumprir os horários, os efeitos da portaria ficam suspensos. Não há prazo para o julgamento do mérito.Além desse processo, há outro contra a portaria de classificação sendo analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O caminho via STJ foi uma manobra das TVs, que avaliaram que o STF não abordaria a questão até o dia 13, quando as regras entram em vigor.José Elias Romão, diretor do departamento de classificação da MJ, afirma que, sem a obrigatoriedade dos horários, as redes de TV ficam sem controle, e a infância, desprotegida.Flávio Cavalcanti Jr., diretor-geral da Abert, diz que "as TVs continuarão a fazer o que sempre fizeram", com critérios próprios para determinar os horários de exibição, e que comunicarão a faixa etária dos programas "para que os pais decidam o que o filho deve ver".

20 março 2007

O Rappa - Brinxton, Bronx Ou Baixada



O Rappa - Brinxton, Bronx Ou Baixada

Marcelo Yuka E Nelson Meirelles - D R º X - L P A
O que as paredes pichadas têm prá me dizer?
O que os muros sociais têm prá me contar?
Porque aprendemos tão cedo a rezar?
Porque tantas seitas têm, aqui seu lugar?
É só regar os lírios do gueto
Que o Beethoven negro vêm prá se mostrar
Mas o leite suado é tão ingrato
Que as gangues vão ganhando cada dia mais espaço
Tudo, tudo, tudo, tudo igual
Brixton, Bronx Ou Baixada
A poesia não se perde ela apenas se converte
pelas mãos no tambor
Que desabafam histórias ritmadas como único
Socorro promissor
Cada qual com seu  James Brown
Salve o samba, hip-hop, reggae ou carnaval
Cada qual com  seu Jorge Ben
Salve o jazz, baião e os toques da macumba também
Da macumba também
Tudo, tudo, tudo, tudo igual
Brinxton, Bronx Ou Baixada

28 fevereiro 2007

CRISTÓVAM BUARQUE E A AMAZÔNIA

EX-MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS
Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador doDF, ex-ministro da educação, ex candidato a presidência e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.Esta foi a resposta do Sr. Cristóvam Buarque:
"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra ainternacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso."Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre aAmazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade."Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. Opetróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se nodireito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. "Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris,Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. "Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. "Defendo a idéia deinternacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!

27 fevereiro 2007

UM OLHAR DE BRANCO SOBRE AÇÕES AFIRMATIVAS



Este artigo tem uma componente pessoal muito forte. Foi essa história pessoal que me levou a me colocar e me mover a favor de ações afirmativas no Brasil e do estabelecimento de cotas para negros nas Universidades Públicas, Privadas, no Crédito Educativo, no Serviço Público e na concessão de pontos para empresas com maior número de empregados negros.

Tudo começou com um período que passei na Inglaterra, de março de 1999 a fevereiro de 2001. Lá o negro é majoritariamente o paquistanês e o indiano. A componente africana da população é bem menor (infelizmente não tenho dados estatísticos para corroborar essa impressão, mas deve ser fácil obtê-los). Havia na BBC (tv estatal inglesa) uma preocupação evidente em ter dois âncoras nos jornais, sempre um deles era negro e mulher (a combinação era homem branco/mulher negra, homem negro/mulher branca). Nos programas de debates, também se expressava a diversidade étnica, colocando entrevistadores negros, mesmo quando o programa tinha só um entrevistador. Numa das novelas, havia um diretor de escola negro que vivia um romance com uma professora loira. O que é notável é o fato do negro estar em posição proeminente dentro hierarquia escolar. Isto reflete o fato da Inglaterra conviver bem com a diversidade étnica? Não. Havia cerca de um assassinato por preconceito por mês, noticiado na mídia inglesa. Soube de um assassinato por racismo a 200 m de minha casa. O que há é uma consciência social da importância de valorizar a diversidade cultural e de enfrentar o racismo de frente. Não é como no Brasil, como lembra o saudoso Florestan Fernandes, onde “o brasileiro tem preconceito de ter preconceito” (in “Ação Afirmativa e Democracia Racial”, de Sandro César Sell, Fundação Boiteux, 2002). Lá, a questão étnica é assumida. Lá, há bonecas negras. É fácil achar uma no Brasil, que tem 45% de negros (5% de pretos e 40% de pardos segundo o PNAD/IBGE de 1999)?

De volta ao Brasil, um país aparentemente sem racismo, me deparei com comerciais alegres do Guaraná Antarctica. Só havia brancos, servindo e bebendo. No comercial seguinte, do mesmo produto, aparecem negros, mas só servindo e brancos só consumindo. No comercial da cerveja Schincariol, a música é “moro num país tropical” de Jorge Benjor, um negro, mas a maioria esmagadora das pessoas é branca. Será que isto reflete o lugar reservado ao negro no Brasil? Nos telejornais da noite, cadê os negros como âncoras? As mulheres já começam a aparecer, mas a barreira contra negros parece intransponível. No entanto, de um ano para cá, verifica-se um aumento do número de repórteres negros nos telejornais.

Certamente, antes de ir para a Inglaterra, não me sentiria incomodado com o que relatei no parágrafo acima. Meu olhar era de branco, educado numa sociedade com racismo cordial, com minha percepção contaminada por essa forma sutil de racismo. Pouco depois de voltar ao Brasil (fevereiro/2001), deu-se a Conferência da ONU contra o racismo em Durban (setembro/2001), África do Sul, à qual a delegação brasileira levou propostas avançadas para lidar com os efeitos do racismo no Brasil, entre elas a de criação de cotas para negros entrarem nas Universidades públicas.

Sem dúvida, a Conferência de Durban colocou a questão do racismo e como combatê-lo na ordem do dia. Um dos resultados visíveis foi a aprovação de cotas de 40% para negros nas Universidades Estaduais do Estado do Rio de Janeiro, a UERJ (Univ. Est. Do Rio de Janeiro)e a UENF (Univ. Est. Do Norte Fluminense), em 09 de outubro de 2001.

Nessa mesma onda, foi votado recentemente no Senado Federal substitutivo do senador Sebastião Rocha ao projeto de lei do senador José Sarney estabelecendo cotas para negros em Universidades, Serviço Público e até em licitações promovidas pelo Poder Público. Este projeto deve ir a votação na Câmara e juntado ao projeto do deputado Paulo Paim que estabelece cotas para negros em novelas, filmes e publicidade.

Mas por que parece tão necessário forçar a integração do negro na divisão do bolo da sociedade brasileira? Não parece que o Brasil é uma democracia racial?

Dados do PNAD/IBGE (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio/de 1992 a 1999) indicam que o salário médio do negro é metade do salário do branco. O analfabetismo caiu menos para o negro do que para o branco. Um ano a mais de escolaridade faz branco ganhar mais do que o negro (ver Folha de São Paulo de 05/04/2001). Estamos diante de um “apartheid” social disfarçado.

O movimento dos negros pelo fim da segregação racial nos EUA, nas décadas de 1950 e 1960, popularizarou um conceito jurídico original: o da ação afirmativa ou discriminação positiva. Aparentemente, este modo de reparar injustiças sociais é bastante disseminado no mundo, mas nos limites deste artigo vou tratar, parcialmente, do caso estadunidense.

A idéia de discriminar positivamente vem do fato que a propalada igualdade formal não se reflete na sociedade real (para uma discussão detalhada sobre a questão jurídica envolvida nesta idéia, consultar “Ação Afirmativa & Princípio Constitucional da Igualdade”, de Joaquim B. Barbosa Gomes, Ed. Renovar, 2001). É como afirmar que um empresário rico tem a mesma influência que um operário numa eleição, já que ambos têm um voto. Ora, o empresário tem muito mais dinheiro para financiar seu candidato que o operário e hoje, nos EUA, as campanhas eleitorais para presidente se medem em bilhões de dólares. Voltando à questão étnica, nos EUA da década de 1950 não havia igualdade com relação à distribuição da renda e da escolaridade. Para dar um exemplo, entre 1960 e 1995, o percentual de negros formados em Universidades e escolas profissionais pulou de 5,4% para 15,5% do total. Em cursos como Medicina, o aumento passou de 700%. O percentual de negros em cargos executivos em empresas, que era praticamente zero em 1960, passou a 8% em 1995 (Folha de São Paulo, 25/08/2001). Esta mudança foi efeito das políticas de ação afirmativa implementadas pelos EUA, entre elas: cotas ou atribuição de pontos a mais para negros nas avaliações para entrada em Universidades, reserva de mercado de trabalho para negros e pontos a mais para empresas com empregados negros em licitações públicas, entre outras. Portanto, ações afirmativas resultam em maior igualdade ao menos no campo educacional e isso pode ser avaliado objetivamente.

Uma crítica muito difundida no ideário progressista é que realmente os negros são desfavorecidos, mas são desfavorecidos por serem POBRES e não por serem NEGROS. Assim, uma política de elevação da qualidade da saúde e educação pública básica irá permitir que entrem na Universidade e nela permaneçam, ao contrário de uma política de cotas, que seria demagógica ao permitir que os negros entrassem, mas devido a toda uma conjunção de fatores, não se formassem.

Creio que essa crítica teórica, uma vez que não é possível confrontá-la com fatos, já que não há cotas para negros nas Universidades, pode, no entanto, ser contraposta em duas frentes: a concepção de democracia racial subjacente a ela e uma pesquisa recente elaborada pela Fundação Oswaldo Cruz em conjunto com a Prefeitura do Rio de Janeiro (Folha de São Paulo, 26/05/2002). Nesta pesquisa fica claro que negro em hospitais públicos e particulares do Rio de Janeiro (e provavelmente em todo o Brasil) é discriminado desde antes de nascer. As gestantes negras têm menos cuidados médicos do que as brancas. Isso significa receber menos anestesia no parto normal, receber menos explicação sobre o aleitamento materno, cuidados com o recém-nascido, sinais do parto, pré-natal, alimentação adequada, entre outras coisas. Nas palavras da pesquisadora Silvana Granado: “Primeiro achamos que estávamos comparando pessoas de classes sociais e de níveis de escolaridade diferentes. Mas, quando percebemos que a diferença se mantinha, ficamos chocados”. Pode-se concluir desta pesquisa que serviços universalizados continuam sob a égide do racismo cordial. Portanto, não se pode supor que vivemos numa democracia racial. Os negros e negras são diuturnamente discriminados e, portanto, torna-se necessário compensar esta discriminação negativa com uma outra de caráter positivo. O tratamento universalista não dá importância à questão étnica. E não combater o racismo cordial é compactuar com ele.

Atualmente, na sociedade brasileira, têm-se a percepção de que o negro só pode ascender socialmente através do esporte e da arte. Portanto, os modelos para os negros provavelmente vêm desses dois tipos de atividades. Pesquisas mostram em alguns casos que “quando, numa população o número de modelos sociais e econômicos (pessoas que sejam pelo menos de “classe média”) chega a uma proporção muito baixa (algo em torno de 5%), a violência, o consumo de drogas, o abandono escolar e a gravidez na adolescência crescem explosivamente” (Sell, op.cit., há outras pesquisas no mesmo sentido comentadas nesta obra). Portanto, privar os negros brasileiros da esperança de conquistar um lugar ao sol também tende a mantê-los na situação marginal em que se encontram.

Considero imperioso que os brancos brasileiros percebam que o problema dos negros enquanto discriminação racial e social não é somente problema deles. É um aspecto da injustiça reinante no Brasil. Assim como é o da fome e da pobreza em geral. Portanto, requer posicionamento e ações efetivas de brancos e negras, no sentido de ser enfrentado e solucionado.

Ações afirmativas não vão resolver o problema do racismo cordial brasileiro, mas no mínimo vão chamar a atenção dos brasileiros para ele e provavelmente minorá-lo. Somente uma melhora sensível nos níveis de emprego, na distribuição de renda e nas políticas sociais poderá contribuir de forma permanente para a melhoria do padrão de vida dos brasileiros, particularmente os negros.

Este artigo abordou apenas alguns aspectos dos problemas relacionados ao racismo no Brasil e às políticas de ação afirmativa e de cotas. Obviamente, o problema é muito mais complexo, mas pelo menos está sendo enfrentado de forma mais clara nos últimos tempos em nosso país.


MARCELO HENRIQUE ROMANO TRAGTENBERG
Doutor e professor do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

24 janeiro 2007

PÉROLAS DA INTERNET


Prova de física


Pergunta feita pelo Prof . Fernando da FAETEC em sua prova final do curso em maio de 1997. Este doutor é reconhecido por fazer perguntas do tipo "Por que os aviões voam?" em suas provas finais. Sua única questão na prova final de maio de 1997 para sua turma foi:



"O inferno é exotérmico ou endotérmico? Justifique sua resposta."

Vários alunos justificaram suas opiniões baseados na Lei de Boyle ou em alguma variante da mesma. Um aluno, entretanto, escreveu o seguinte:

"Primeiramente, postulamos que se almas existem, então elas devem ter alguma massa. Se elas tem, então um conjunto de almas também tem massa.Então, a que taxa as almas estão se movendo para fora e a que taxa elas estão se movendo para dentro do inferno?

Podemos assumir seguramente que uma vez que uma alma entra no inferno ela nunca mais sai. Por isso não há almas saindo. Para as almas que entram no inferno, vamos dar uma olhada nas diferentes religiões que existem no mundo hoje em dia: algumas dessas religiões pregam que se você não pertencer a ela, você vai para o inferno....

Como há mais de uma religião desse tipo e as pessoas não possuem duas religiões, podemos projetar que todas as almas vão para o inferno. Com as taxas de natalidade e mortalidade do jeito que estão, podemos esperar um crescimento exponencial das almas no inferno.Agora vamos olhar a taxa de mudança de volume no inferno. A Lei deBoyle diz que para a temperatura e a pressão no inferno serem as mesmas, a relaçãoentre a massa das almas e o volume do inferno deve ser constante.Existem então duas opções:

1) Se o inferno se expandir numa taxa menor do que a taxa com que as almas entram, então a temperatura e a pressão no inferno vão aumentar até ele explodir, portanto EXOTÉRMICO.

2) Se o inferno estiver se expandindo numa taxa maior do que a entrada de almas, então a temperatura e a pressão irão baixar até que o inferno se congele, portanto ENDOTÉRMICO.

Se nós aceitarmos o que a menina mais gostosa da FATEC me disse, no primeiro ano:


"Só irei pra cama com você no dia que o inferno congelar", e levando-se em conta que ainda não obtive sucesso na tentativa de ter relações sexuais com ela, então a opção 2 não é verdadeira.


Por isso, o inferno é exotérmico.


O aluno Sérgio Fonseca tirou o único 10 na turma.


MORAL DA HISTÓRIA


"A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho

original."


(Albert Einstein).








A "SOL" NÃO NASCE PRA TODOS


Por que será que na nova propaganda da cerveja SOL não aparece nenhum negro?...minto, o único negro que aparece é o vendedor de cerveja. Será que os negros deste Brasil não consomem cerveja? Não são dignos de aparecer num comercial onde todos parecem desfrutar das delícias do verão? Mas claro, alguém tem que fazer o trabalho "sujo". Desfilar por entre os guarda-sóis como vendedor, enquanto todos se divertem?! Só podia ser trabalho para um negro! Não quero dizer com isso que ser vendedor é um trabalho sujo, mas dentro do contexto do comercial a figura do negro ali representada por aquele vendedor ambulante, desfilando no sol quente enquanto todos se divertem, parece algo que lembra os tempos da escravidão. Pelo menos é essa a idéia que o comercial bem discretamente passa. Digo discretamente porque as crianças negras que assistem talvez não tenham essa consciência, mas de alguma forma esta informação será assimilada por elas nos inúmeros comerciais veiculados diariamente nas emissoras de tv como este. Depois fica fácil entender porque existem crianças como a que vemos na novela das oito que discriminam as pessoas de sua própria raça. Ela, provavelmente, cresceu em uma sociedade que diz pra ela o tempo inteiro, de várias formas e ainda potencializada nos comercias de TV, que ela não tem direito, é feia, só presta pra certas coisas, é suja, é diferente, num mundo o onde respeito pelas diferenças é algo ainda muito distante. E enquanto houver propagandas como esta, filmes e novelas disfarçados de promoverem a cultura e que acabam disseminando o racismo e outras formas de preconceitos, essa distancia tende a aumentar ainda mais.

Nilo dos Anjos

22 janeiro 2007

O buraco do metrô não é fatalidade

REVISTA CAROS AMIGOS
A mulher, velhinha, sai aturdida sob o foco dos jornalistas. Nas mãos, leva um saco plástico com algumas roupas e a imagem de Nossa Senhora. Quem mais lhe valeria, senão ela, a mãe de Deus? As lágrimas correm soltas e o ar é de estupefação, de abandono. A casa que lhe serviu de lar por mais de sessenta anos está sendo arrancada dela. Precisa sair, deixando toda a sua vida, suas memórias, seus objetos pessoais. A mulher, aos prantos, é mais uma vítima do buraco do metrô. Esta, pelo menos, ainda conserva a vida. Menos sorte tiveram os que estavam na van ou no caminhão. E, enquanto os dramas humanos desfilam na telinha, os repórteres e autoridades falam de “fatalidade”.
Ora, o buraco do metrô de São Paulo, que ceifou vidas e desalojou dezenas de famílias, não é uma fatalidade. É uma ação concreta, planejada por homens e mulheres. É uma obra que recebe as bênçãos de todos os que vivem na grande cidade, porque precisam dela. É fruto do desejo de progresso. Ela encurta distâncias, ajuda as pessoas a chegarem mais rápido no seu trabalho, desafoga as ruas já tão congestionadas de carros.
A cidade de concreto, apinhada de gente, colméia humana, precisa crescer para baixo. Precisa abrir túneis, crateras, linhas, estradas subterrâneas, para que as gentes possam escoar. A sanha do crescimento, o domínio da natureza, a arrogância da raça que tudo pensa dominar. Então, um cálculo mal feito, um prego mal pregado, uma parede mal concretada e a Pachamama se revira, viva. É. Porque a terra é viva. Ela é parte de nós. Tem desejos, vontades, boceja, espreguiça, se remexe, expele, sanfoneia.
A terra, viva, sente cada ação do humano sobre ela. Quando fazem testes nucleares ela se fende, o mar corcoveia nos tsunâmis e o solo treme. Quando os gases nocivos são demasiados, ela tosse, formando furacões, tormentas, vendavais. Quando há o consumo exagerado da energia fóssil, ela perde a capa protetora e as camadas de gelo derretem, provocando inundações. Todo movimento da Pachamama nunca é fatalidade. É sempre um re-agir. Ela geme, se retorce e anuncia aos que nela vivem que há que entender, de uma vez por todas: a vida de todas as espécies está ligada por um fio. Cada ação tem uma reação. Tudo está em conexão.
Este não é um discurso de eco-chato ou de militante da nova era. É só a leitura nua e crua da realidade. A velhinha que sai da casa onde viveu a vida toda talvez agora possa compreender o que significa o progresso predador. É possível que ela nunca tenha pensado sobre isso. E, no fim, é preciso que a terra se parta engolindo as gentes para que se possa intuir que algo vai mal na maior cidade do Brasil.
Não se trata, é claro, de fazer culpado quem é vítima. Os milhões de seres que acorrem às grandes cidades em busca de vida melhor nada mais são do que o resultado de um modelo de desenvolvimento que está pouco se lixando para a vida da maioria. As pessoas querem ser felizes, se movem em direção disso, por isso estão sempre migrando. Porque nos sertões, nos cantões do mundo, nada há além de fome e opressão. E, assim, vão para os grandes centros onde tampouco encontram o que buscam. Então, na selva de pedra, vivem outros dramas: enchentes, desmoronamentos, deslizamentos, balas perdidas. Fatalidades?
Agora, as empreiteiras que fazem o metrô, sem qualquer fiscalização do Estado, inventaram um novo jeito de comer gente. Já não basta a exploração dos trabalhadores. Assim, impunes, abrem buracos no chão, sugando o dinheiro de todos em nome do progresso. E, ao cuspirem corpos mortos, ninguém se responsabiliza. O governo, tal qual Pilatos lava as mãos. Não tem culpa. A direção do metrô não tem culpa. As empresas não têm culpa. Certamente encontrarão algum engenheiro jovem ou um peão, a quem transformarão no cordeiro. “Foi ele!” E tudo acabará bem. O buraco será fechado, as obras do metrô continuarão. Poucos meses depois, as gentes estarão correndo nos trens subterrâneos na pressa do capital. Ninguém mais se lembrará dos mortos ou dos que tiveram de deixar suas casas. Até que, de novo, a terra, viva, grite de dor. Então os repórteres voltarão a falar de “fatalidades”.
Quando os humanos aprenderão? São apenas uma espécie, entre tantas, nesta bola azul. Quando perderão a arrogância? Quando voltarão a reverenciar a Pachamama, cuidando dela? Quando perceberão que o modelo de desenvolvimento proposto pelo capitalismo é uma sentença de morte pairando sobre a cabeça de todos? Chegará esse dia? Chegará?
Elaine Tavares é jornalista.

17 janeiro 2007

I FEEL GOOD


Grandfather of Soul
Vídeo enviado por keytoon

CARTE DE VOEUX 2007


CARTE DE VOEUX 2007
Vídeo enviado por Nitoo2110

16 janeiro 2007

New Ultraman[넥서스]
Vila Sésamo


dukece (4 months ago)
"todo dia é dia, toda hora é hora" ... caramba, que saudade da minha infância ! Obrigado pelo video lluciano72 .
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mauricio1966 (4 months ago)
Há mais de 30 anos não via essa abertura... obrigado por ter disponibilizado.
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acmramos (4 months ago)
Isso bate certo lá no fundo do coração
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Pardal4 (4 months ago)
Puta merda isso é prá matar do coração!!! Meu Deus!!!
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zachariasdegoes (1 month ago)
Um hino dos tempos em que tudo era mais simples.
Vila Sésamo - Ênio e Beto
Vila Sésamo - Tema do Garibaldo
Vila Sésamo - Enio e Beto ( Suco e Pizza )

Isso é um achado, que saudade!!!

11 janeiro 2007

Little Richard - Good Golly Miss Molly

O pai do Rock and Roll tinha como guitarrista Jimi Rendrix e backing vocal James brown, que luxo!!!

10 janeiro 2007

Luis Fernando Veríssimo






Viver!
"Acho a maior graça.
Tomate previne isso,
cebola previne aquilo,
chocolate faz bem,
chocolate faz mal,
um cálice diário de vinho não tem problema,
qualquer gole de álcool é nocivo,
tome água em abundância, mas não exagere...
Diante desta profusão de descobertas,
acho mais seguro não mudar de hábitos.
Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.
Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.

Viajar me deixa tenso antes de embarcar,
mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas;
incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me
embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz
perder
toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem,
dançar faz bem,
ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo,
faz muito bem;
você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir
arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite
é prejudicial à saúde.
E passar o resto do dia sem coragem para pedir
desculpas, pior ainda.
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer,
não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo,
não ter ninguém atrapalhando sua visão,
nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca.
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada"

(Luís Fernando Veríssimo)

08 janeiro 2007

Programa Do Jô - Comida Dos Astros - Alta Qualidade Parte 2
Programa do Jo - Comida Dos Astros - Alta Qualidade Parte 1

Ilário!!!!