17 fevereiro 2009

Quarta-feira

Entro no shopping e ouço da voz metálica fria, bom dia!...
Lá dentro uma luz irradia, tão artificial quanto o sorriso do caixa eletrônico que dinheiro cuspia.
Aos olhos das lentes monocromáticas ciclópes.
Enrrigecido e preso eu fugia,
sempre atrasado...
E nas salas geladas de ar condicionado assistia imagens vazias projetadas na tela...
via gente que fingia via dor que não doía, sorriso que não sorria...cinema.
Tão falso quanto seu poema enviado por e-mail, tão falso quanto seu toque nas teclas do computador ao escrevê-lo.
Veio-me a mente o seu sorriso... cínico.

Nilo dos Anjos

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