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27 dezembro 2010
Enc: As Maiores Coincidências da História
CQC - Controle de Qualidade - Onde fica Pernambuco? 29/11/10
Você sabe onde fica Pernambuco? Pois é, alguns parlamentares não.Que vergonha!!!
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16 dezembro 2010
07 dezembro 2010
30 novembro 2010
Todos são iguais perante Deus! É?... e entre nós?
Só se for perante Ele, porque entre nós a coisa é bem diferente. Vivemos em um mundo competitivo. Estamos a todo o momento tendo que provar para Deus e para o mundo que somos melhores. Seja ao procurar emprego, nas salas de aula, nas competições esportivas, no convívio social. O celular tem que ser o melhor, meu carro tem que ser o melhor (de preferência maior), meu pênis, meus seios, minha bunda. Tudo, tudo tem quer ser melhor e/ou/ maior, o que determina o tamanho, é o poder. Se ter o menor celular significa ter mais dinheiro, mais status, então menor é melhor. E por aí vai. Isto é o que aprendemos o tempo inteiro. E quem é que gosta de se sentir inferior? Quem é que gosta de se sentir humilhado, mesmo que você não queira, você vai se sentir! Afinal foi assim que você foi criado. Seja o melhor! Seja o maior!! Sempre! Uma criança quando vê que a outra tem aquele brinquedo que passou naquele comercial, que é muito caro, mais que a propagando insiste em fazê-la pedir aos seus pais que compre (de várias formas) várias vezes por dia, mas seus pais estão com orçamento apertado naquele mês ou por que não tem dinheiro mesmo. E diz àquela criança que não dá pra comprar, explicando-lhe os motivos. Na mesma hora em que ela vê a outra criança com aquele brinquedo que ela e todas as outras queriam... ela se sente inferior, mas por quê? Porque foi habituada a se sentir assim. Desde muito pequena. As próprias crianças, aquelas que receberam o brinquedo tão querido, se encarregam de mostrar a sua superioridade, do tipo: eu tenho você não tem. Não tem por onde nem pra onde fugir. No reino animal é assim, os superiores comem os inferiores, nós não somos muito diferentes. Não adianta tentarmos esconder essa realidade. A frase ninguém é melhor do que ninguém, não nos cabe. Não tenha dúvida. Existirá sempre alguém melhor que você em alguma área. Ou por que é mais inteligente, mais bonito, tem um emprego melhor, um carro melhor, parece besteira , mais é verdade. Aquele carro lhe confere um status que você não tem. Não importa o que ele fez pra conseguir aquele carro, é essa a mensagem que você assimila: ele/ela é melhor do que eu e ponto. Indepedente de valores morais, mas mesmo nesse campo existe superioridade, ou você não sente inferior a uma Madre Tereza de Caucutá? A um Mahatma Gahndi, Buda, Jesus Cristo?.Pois é.
Existe um livro chamado O MONGE E O EXECUTIVO que diz: chegar atarasado passa um idéia de que seu tempo é mais vailoso que o meu. Isso coloca a pessoa que atrasou numa posição de superioridade e que isso causa má impressão, pois é essa a mensagem que você estará passando. Aí eu pergunto, e daí? Qual o problema? Passei a minha vida toda aprendendo a ser superior e agora, porque me atrasei, talvez até, por motivos mais inferiores possíveis do tipo: meu carro velho estragou no meio da avenida quando estava vindo para o trabalho. Ou fiquei na fila do hospital público 3 horas esperando para ser atendido. Ou dormi demais, por que ontem cheguei em casa depois da meia noite por que o trem lotado que eu pego pra voltar pra casa parou de funcionar e aí acabei dormindo demais, pois estava muito cansado. Mais aí o livro diz que a mensagem que você passa é: meu tempo é mais valioso que o seu. Sim, e por que não? Meu tempo às vezes pode ser mais valioso que o seu e vice-versa. Sabe lá por qual motivo você se atrasou? De repente no momento em que você está se preparando para sair, algo inesperado acontece. Sua mulher está grávida com parto programado para daqui a 3 meses, mas naquele momento a bolsa estourou. Você pode até pensar em ligar pra desmarcar o encontro ou avisar na empresa que chegará mais tarde, mas este não será o seu primeiro impulso. E naquele momento seu tempo pode ser sim mais valioso do que o meu. Aí você sai com seu carro e na esquina atropela o cirugião que iria fazer a cirugia de um paciente terminal... qual tempo é mais precioso naquele momento? O seu ou o do paciente que aguardava o médico cirurgião? Podemos citar vários exemplos em que uma situação denote que a importância ou o valor do tempo é subjetivo. E tem mais, se foi isso que eu aprendi o tempo todo, que o mundo é dos superiores, por que agora eu devo me sentir melindrado, envergonhado em dizer ou sentir ou passar a idéia de que meu tempo é superior ao seu ? É tão natural quanto querer dormir depois de um dia cansativo.
O que fazer então? O melhor caminho é aceitar que existem pessoas que em determinado setor, momento ou situação, podem ser melhores que você e ponto. Não é por isso que devemos nos achar ou sentir-se humilhados. É apenas a ordem natural das coisas. O livro ensina que para sermos líderes, é preciso servir. Este é o grande ensinamento do livro que inverte a ordem da pirâmide. Servir sem se sentir humilhado, servir sem se sentir inferior. A idéia que passamos de superioridade ao chegarmos atrasados ao um encontro ou ao trabalho, é apenas um erro de interpretação, é uma ilusão. Meu tempo pode ser mais valioso naquele momento, mas isso não me faz supeiror a ninguém. Nossa forma de educação é que nos leva a pensar ou sentir-se dessa maneira. É um livro que exalta o capitalismo num mundo globalizado. Nada mais competitivo.
Nilo dos Anjos
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28 novembro 2010
Seja um empreendedor - Eis uma grande oportunidade
De olho no mercado que mais cresce atualmente a Franquia Master chegou na frente e disponibiliza para todos, a um baixo custo, uma das melhores franquias de turismo do Brasil. Acesse www.0151.franquiamaster.com.br cadastre-se e receba mais informações. O Brasil vai virar a partir de 2011 (click) um dos melhores países para este tipo de investimento nos próximos anos, devido aos eventos que estão para acontecer, como Copa do Mundo, Copa das Confederações, Olimpíadas, Olimpíadas Militares, Rock in Rio , entre outros. A hora é essa!! Não deixe para depois. Seja um dos primeiros. Franquia virtual de turismo, sem sair de casa, tudo via internet. Baixo custo e retorno rápido.
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27 novembro 2010
24 novembro 2010
23 novembro 2010
Call center - O inferno dos consumidores
Ranking Geral – 2009 – Procon São José dos Campos | ||||
Empresa / CNPJ | Reclamações | |||
Atendidas pela empresa | Não atendidas pela empresa | Total | ||
1 | TELEFONICA - TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A / 02.558.157/ | 1087 | 215 | 1302 |
2 | CLARO - TESS S/A / 02.093.211/ | 109 | 90 | 199 |
3 | TIM - TIM CELULAR S/A / 04.206.050/ | 79 | 90 | 169 |
Gostaria de estar aqui fazendo...(esse negócio de gerundismo vicia) um elogio a qualidade do atendimento e dos serviços prestados dessas operadoras, mas infelizmente não é este o caso. Se você não quiser estragar seu dia, faça um favor a si mesmo, NÃO LIGUE PARA O SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR. Você vai se aborrecer e tentar se segurar para não descarregar a raiva na atendente do outro lado da linha, que na maioria das vezes não tem culpa, eu disse NA MAIORIA, porque nem sempre isto acontece. Desligam na sua cara, enrolam, mandam pra outra pessoa, você já tinha passado 15 min esperando e agora vai ter que espera mais 15 ou mais, (já fiquei 1 hora, só pra ver até onde ía) depois terá que explicar tudo de novo, aí quando você pensa que vão resolver o seu problema, o que a acontece? Você com certeza já sabe...a ligação cai! Então a raiva vem, vem e vem de uma forma que você procura alguém pra descontar e não pode, por quê? por que você terá que ligar de novo, passar pelo mesmo processo, esperando aquela voz eletrônica infernal, oferecendo pacotes, disque 1 para isso, 2 para aquilo outro, você espera minutos intermináveis pra falar com um atendente, e raiva vai aumentando, o sague subindo, a mão tremendo, que quando o próximo atendente atende, e lhe diz bom dia...dá vontade de perguntar bom dia por quê? seu acolega de trabalho acabou de estraga-lo !Mas você ainda pensa: ele não tem nada com isso. E lhe responde educadamente, bom dia! E engole a raiva. Explica tudo de novo com a maior paciência, não aguentando mais de ouvir tanto gerundismo ( vou estar passando, vou estar verificando, vou estar mudando), ou aguarde só um momento por favor (isso quando falam).Você responde, ok vou estar aguardando. Mas aí, subitamente, o que acontece? A ligação cai de novo!!!!... É sério, isso faz mal a saúde, estraga o dia, tu quer matar um, xingar, chutar o gato o cachorro que não tem culpa nenhuma, mas não pode, desenvolve então uma úlcera,câncer, sei lá mais oque. E aí você pergunta: Onde estão os Órgãos Fiscalizadores? A ANATEL é conivente, está a seviços das empesas do que ao consumidor, PROCON a mesma coisa, não resolve nada!!!!O que eles tem feito para fazer valer a lei? Do que adianta a lei se há impunidade? Aí você pode dizer, muda de operadora. Pois é, é isso que vou fazer, mas será que adianta?
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DeSoRDeM
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17 novembro 2010
Ministério do Turismo - Bem Receber Copa
Ministério do Turismo - Bem Receber Copa
O Ministério do Turismo definiu quatro eixos de atuação para a Copa de 2014 e um deles diz respeito à qualificação profissional, juntamente com promoção e imagem, requalificação do parque hoteleiro e infraestrutura turística.
O Bem Receber Copa é um programa de qualificação profissional do Ministério do Turismo, em parceria com entidades do setor, que tem como objetivo capacitar o setor de turismo para atingir padrões internacionais de qualidade nos serviços turísticos, focando em Pessoas, Empresas e Destinos.
Com o slogan “ O Sucesso do Brasil na Copa está em Nossas Mãos”, o programa será implementado em parceria com entidades integrantes do Conselho Nacional de Turismo (CNT) dos segmentos de Alimentação, Transporte, Receptivo, Hospedagem, Entretenimento, Negócios e Eventos.
O programa pretende qualificar 306 mil profissionais do turismo até 2013, com metodologia adotada pelo MTur, em cursos presenciais e a distância. Nessa conta, incluem-se todos aqueles profissionais da chamada “linha de frente”, ou seja, aqueles que terão contato direto com os turistas da Copa, em diversas áreas. No primeiro momento serão atendidos: motoristas, camareiros, garçons, recepcionistas, pessoal de aeroportos, entre outros.
Para mais informações, acesse www.bemrecebercopa.com.br/
Para mais informações, acesse www.bemrecebercopa.com.br/
11 novembro 2010
Viver Intensamente: Os filhos e a permissividade dos pais
Texto extraido do Blog de Imma : http://imma-intensa.blogspot.com/2007/10/os-filhos-e-permissividade-dos-pais.html
Começou com um texto que o Luigy me mandou sobre limites, escrito por Monica Monasterio (Espanha).
A conseqüência foi como o rolar de uma bola de neve.
Uma conversa leva à outra, uma reflexão leva à outra e hoje meu companheiro com muita propriedade escreveu seu desabafo e eu complementei.
Coloco a seguir a nossa reflexão e desabafo:
Olá amigos,
Afinal caiu minha ficha.
Ao reler a matéria enviada pela amiga Cida Lorenzini intitulada "Limites" acabei revendo uma angústia que há muito conflitava a relação com meus filhos e os jovens em geral.
Esse texto está maravilhoso para o meu entendimento.
Por muito tempo remei no sentido contrário do modismo.
Porém não conseguia captar o real significado e traduzi-lo para a prática.
Após algumas trocas e bate papos com os amigos e amigas veio o insight.
Nao se tratava de uma simples bronca em cima da moçada... Afinal, eles não têm culpa alguma.
O buraco era mais embaixo.
O texto "Limites" acertou bem no alvo.
Fomos nós os pais, geração "Hippie" e do pós guerra que relaxamos em tudo e que perdemos o fio da meada. E ainda não percebemos esse erro.
No intuito de amenizar os estragos da geração anterior abrimos a porteira. Confundimos Amor com permissividade. Quisemos negar o autoritarismo e, ao invés de usar do Amor com Autoridade, nos omitimos. E quando nos demos conta do mal que fizemos o circo já estava em chamas.
Os filhos sem ter noção do embrólio que receberam de presente, foram fundo em suas exigências, pedidos, solicitações etc e tal. E foram atendidos.
Antigamente presente para as crianças era no máximo três vezes ao ano - aniversário, dia das crianças, natal e olhe lá!
Hoje as crianças recebem presentes de todos os tipos a qualquer momento. Tudo é feito no sentido de fazê-los consumidores.
Viva a Xuxa! Viva Os Trapalhões! Viva Os Simpsoms!
Sem perceber entramos na competividade do capitalismo selvagem e esquecemos de ensinar aos nossos filhos "o fazer as coisas pelo puro prazer de fazer, o de fazer as coisas com amor" - Carpe Diem - Colha o Dia.
Envolvidos pela competição desenfreada e pela sobrevivência permitimos que nossos filhos nos olhem de cima prá baixo, porque afinal de contas a maioria de nós pais não têm MBA como eles. Nós pagamos sua educação! Nós permitimos e não ensinamos que a competição deve ser consigo mesmo, não com o amigo, vizinho ou desconhecido.
Engolidos pela competitividade não se tem mais horário de nada, para nada.
Nossos filhos saem e não tem horário para voltar e de preferência nem dizem aonde vão.
Dormem a hora que bem entendem e acordam quando dá vontade.
Mesmo aqueles que já são adultos, trabalham, estudam e vivem conosco, querem usufruir apenas das regalias do teto sem participar e compartilhar o viver em família.
O teto é nosso, dos pais, construído por nós e eles usufruem sem se empenhar em construir um ninho para eles. Claro que tudo isto é uma síntese do que ocorre por aí...
Responsabilidade deles? Não! Nós permitimos!
Quando as mães saíram para ganhar mercado deu-se a ruptura do tênue equilíbrio que havia. A mãe delegou a função de orientadora e cuidadora às cheches, babás, avós e escolas. E consumidas em culpa permitimos, permitimos, permitimos...
Nada errado em ganhar mercado. Pois essa permissividade também ocorre com as mães que não trabalham fora. A dinâmica é a mesma, às vezes pior até (basta ver aqueles programas da Super Nanny).
Errado é consumir-se em culpa e permitir.
Errado é omitir-se da função de cuidadora.
Já se diz há muito tempo que o que importa não é o tempo que passamos com os filhos, mas a qualidade da relação que estabelecemos com eles no pouco tempo que temos com eles. Repetimos esse conceito feito papagaios, porém a prática inexiste.
E os pais, ah os pais. No intento de sensibilizar-se e trabalhar mais o lado feminino, deixaram de ser machistas e autoritários como foram seus pais, mas se enfraqueceram.
Não souberam trabalhar a autoridade e se omitiram. Era melhor deixar a função do "Não", da disciplina, do limite com os avós, as professoras, as "tias". Nos omitimos, omitimos, omitimos...
É função dos avós mimar, suavizar, amenizar e tentar transgredir a disciplina e o limite dos pais. Nós viramos tudo de cabeça para baixo nos tornamos pais-avós!
E o casal, existe casal? Pode-se contar nos dedos os casais que permaneceram juntos por pelo menos uma geração.
Não desenvolveram a cumplicidade, a amizade, a parceria, o amor verdadeiro, a paciência.
Quiseram fugir do casamento de aparência, de mais de quarenta anos dos pais, e caíram numa cilada pior.
O sexo acabou? Procura-se outro. Afinal hoje tudo é permitido.
Sexo é bom? Maravilhoso! É um dos momentos mais íntimos e grandiosos que dois seres podem compartilhar. O problema não é do sexo é o que fizemos dele e com ele!
A paciência acabou? A culpa é dele. A culpa é dela. E vamos prá outra!
E as juras de amor foram prá onde? Acabaram na última transa? Foram procurar o que é que se faz quando a novidade sexual começa a esmorecer? Quando os conflitos inevitavelmente surgem? Tentaram conversar? Ouvir realmente um ao outro sem acusações? Juntaram esforços para entender e praticar as promessas feitas no dia do casamento (não importando se foi na igreja, cartório, mesquita, ou na praia...)?
E mesmo pais e mães solteiros ou separados tentaram estabelecer uma relação saudável com os co-produtores desses filhos? Ela diz: - "Não precisa eu me basto. Sou mais "macha" que muito homem". Ele diz: - "Não precisa eu me basto. Sou mais mãe que muita fêmea".
E hoje estamos todos, aos 50, 60 anos, com corpinho de trinta, orgulhosos por sermos atletas sexuais e podres emocionalmente. Sozinhos, profundamente sozinhos e reféns de nossos filhos. Ou alguém nega que em algum momento não tentou comprar o amor de seus filhos? Já que não soube construir uma relação de amor verdadeiro com seus (suas) parceiros (as) e muito menos com os filhos...
Hoje os filhos (as) trazem namoradas (os) para casa e não raramente acabam indo para os quartos "para namorar".
A mãe deste menino nada faz para impedir...
A mãe da namorada também, às vezes nem sabe ou não quer saber...
E o pai cadê o pai? Provavelmente dormindo com a filha (ou o filho) de alguém... É mentira? Afinal somos atletas sexuais.
Tá tudo dominado! Nós permitimos!
Pergunta: Nós tivemos essa moleza?
Para animar esta reflexão trazemos abaixo o texto inspirador de Kalil Gibran Kalil que povoou muitas cabeças nos anos 60/70.
Vejam também o texto Limites: fugimos de nossos pais e caímos cativos dos filhos
Provavelmente esta reflexão despertará críticas e o propósito é esse mesmo.
Se gostar passe prá frente, inclusive aos filhos, pois a discussão apenas começou...
Um abraço fraterno aos pais cinqüentões como nós, aos pais mais recentes e aos futuros pais...
Luigy e Imma
Os Filhos (Do Livro "O Profeta")
Uma mulher que carregava o filho nos braços disse: "Fala-nos dos filhos."
E ele falou:
Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável.
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"LIMITES" de Monica Monasterio (Madrid-Espanha)
Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos progenitores. E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história.
O grave é que estamos lidando com crianças mais "espertas", ousadas, agressivas e poderosas do que nunca.
Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro.
Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos.
Os últimos que tivemos medo dos pais e os primeiros que tememos os filhos.
Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos.
E o que é pior, os últimos que respeitamos nossos pais e os primeiros que aceitamos que nossos filhos nos faltem com o respeito.
À medida em que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudou de forma radical, para o bem e para o mal.
Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais.
Mas, à medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram-se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco os respeitem.
E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E além disso, os patrocinem no que necessitarem para tal fim. E seus palpites também. "Exercem pressão para direcionar a trajetória dos pais, para que isso nao atrapalhe seus planos futuros".(LCM)
Quer dizer: os papéis se inverteram, e agora são os pais quem tem que agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado.
Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para ser os melhores amigos e "tudo dar" a seus filhos.
Dizem que os extremos se atraem. ("muitos filhos talvez não tenham a devida força para o enfrentamento dos obstáculos da vida, tal a facilidade que os pais lhe proporcionam"(LCM) Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles.
Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter, e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão.
Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca.
Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os e não atrás, os carregando e rendidos à sua vontade.
É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.
Os limites abrigam o indivíduo.
Com amor ilimitado e profundo respeito.
(Gentileza de Monica Monasterio-Madrid-España)
26 outubro 2010
21 outubro 2010
20 outubro 2010
19 outubro 2010
18 outubro 2010
07 outubro 2010
Texto que causou a demissão de Maria Rita Kehl (DOIS PESOS...)
(
Maria Rita Kehl - O Estado de S.Paulo
Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.
Se o povão das chamadas classes D e E - os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil - tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.
Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por "uma prima" do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.
Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da "esmolinha" é político e revela consciência de classe recém-adquirida.
O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de "acumulação primitiva de democracia".
Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano.
Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.
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